Centenas de denúncias por detenções "arbitrárias" durante protestos em França

Os protestos contra Macron têm vindo a intensificar-se, chegando à queima de contentores e confrontos com a polícia.

Um grupo de advogados anunciou, esta sexta-feira, a apresentação de uma centena de denúncias por "prisões e detenções arbitrárias" durante os protestos em França contra as alterações na idade da reforma avançada pelo presidente francês Emmanuel Macron.

As detenções pretendiam "quebrar o movimento social" de protesto, segundo os vinte advogados, representados durante uma conferência de imprensa pelos advogados Coline Bouillon, Aïnoha Pascual, Raphaël Kempf e Alexis Baudelin.

Desde que Macron anunciou a adoção da reforma por decreto a 16 de março, os protestos radicalizaram-se com a queima de contentores e confrontos com a polícia.

As forças de segurança detiveram 292 pessoas, das quais 283 foram libertadas sem acusações. Entre os detidos estavam dois adolescentes austríacos que estavam de viagem a Pari, e um homem que praticava desporto.

Desde então, sindicatos de advogados, magistrados, ONGs de direitos humanos como a Amnistia Internacional e partidos de esquerda alertaram contra a ação policial.

"Os atos esporádicos de violência de alguns manifestantes e outros atos condenáveis de outras pessoas durante um protesto não podem justificar o uso excessivo da força", alertou o Conselho da Europa.

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