Casa Branca anuncia novas regras e passa a decidir quais os jornalistas que fazem perguntas a Trump
A Casa Branca anunciou esta terça-feira novas regras para a comunicação social, passando a decidir que jornalistas podem fazer perguntas ao presidente dos Estados Unidos, tarefa que até agora cabia exclusivamente à Associação de Correspondentes da Casa Branca (WHCA).
A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, explicou em conferência de imprensa que será o executivo liderado por Donald Trump a selecionar os membros do pequeno grupo de jornalistas, fotógrafos e operadores de câmara que acompanham os presidentes dos Estados nos seus eventos e transmitem a informação a milhares de outros jornalistas interessados. “A partir de agora, a equipa de imprensa da Casa Branca determinará quem faz parte da pool da imprensa”, declarou.
Esta decisão acaba com uma tradição de quase de um século. Até agora, era uma pool de jornalistas que fazia a cobertura da agenda do Presidente, uma vez que não há espaço suficiente para as centenas de jornalistas que querem acompanhar os seus eventos na Sala Oval, noutros locais onde discursa ou mesmo no avião presidencial.
A seleção dos jornalistas cabia à WHCA, fundada em 1914 por jornalistas, na resposta a um rumor infundado de que uma comissão do Congresso queria decidir quais os repórteres que podiam assistir às conferências de imprensa do então Presidente norte-americano, Woodrow Wilson.
A WHCA tem defendido ao longo dos anos um maior acesso para as centenas de jornalistas que cobrem a Casa Branca, perante as tentativas de vários Governos em sentido contrário.
O processo de seleção dos membros do pool é muito rigoroso. O grupo de jornalistas que acompanham o presidente dos Estados Unidos é normalmente compostos por 13 a 14 pessoas, embora em alguns casos possa chegar aos 20. Dentro deste grupo há um jornalista para a imprensa escrita, outro para a rádio e outros para a televisão.
Estão ainda por definir os pormenores desta alteração.