Carrinhos de bebé na praça central de Lviv em memória das crianças que morreram

"Apelamos a todos os adultos em todo o mundo para serem um escudo para protegerem as crianças ucranianas e dar-lhes futuro", pediu o presidente da câmara de Lviv.
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A imagem marca o 23º dia de guerra na Ucrânia. Carinhos de bebé vazios na praça central de Lviv, a oeste da Ucrânia, em memória das crianças que já morreram desde o início do conflito, a 24 de fevereiro.

São 109 carrinhos de bebé na praça Rynok que simbolizam "a vida de anjinhos", disse o presidente da câmara de Lviv, Andriy Sadovyi. "Estão agora a defender o céu da Ucrânia em vez das ações decisivas do mundo", escreveu na rede social Twiter. O autarca referia-se à zona de exclusão aérea tantas vezes pedida pelas autoridades ucranianas, nomeadamente pelo presidente do país Volodymyr Zelensky.

"109 crianças foram mortas pelos russos desde o dia 1 da invasão a larga escala da Ucrânia", sublinha o autarca, que pede para partilharem a imagem que alerta para as crianças que foram vítimas deste conflito. E Sadovyi deixa um apelo ao mundo:

"Apelamos a todos os adultos em todo o mundo para serem um escudo para protegerem as crianças ucranianas e dar-lhes futuro".

De acordo com o procurador-geral da Ucrânia, morreram 109 crianças e mais de 130 ficaram feridas desde o início da guerra. Dados não confirmados pela ONU, que esta sexta-feira divulgou um novo balanço das vítimas civis da guerra na Ucrânia.

"A maioria das vítimas civis foi causada pela utilização de armas explosivas, com uma vasta área de impacto, incluindo bombardeamentos de artilharia pesada e sistemas de mísseis, e ataques aéreos e de mísseis", lê-se no documento.

A agência da ONU para os direitos humanos acredita, no entanto, que os números reais de baixas civis, incluindo crianças, "são consideravelmente mais elevados, especialmente em território controlado pelo Governo" ucraniano, mais sujeito à ofensiva russa, o que tem dificultado a recolha de informações.

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