Canadá retalia às taxas alfandegárias de Trump: 25% sobre as importações dos EUA

O primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, anunciou este sábado a resposta do seu país às taxas alfandegárias impostas pelos Estados Unidos: o mesmo valor, 25% sobre as importações deste país.

Os EUA lançaram "uma guerra comercial" com o seu país, disse Trudeau. "Ao mesmo tempo, falam em colaborar de forma positiva com a Rússia, apaziguando Vladimir Putin, um ditador mentiroso. Como é que isso faz sentido?"

Ainda segundo o chefe de governo canadiano, o valor de mercadorias americanas importadas pelo seu país ascende a 155 mil milhões de dólares canadianos (107 mil milhões de dólares, 102 mil milhões de euros).

Além do Canadá, as importações do México e da China passarão a ser taxadas com 25% a partir desta terça-feira.

O México anunciou uma medida de resposta para o próximo domingo.

Já a China também não perdeu tempo: anunciou esta terça-feira a imposição de taxas alfandegárias adicionais de até 15% sobre as importações dos principais produtos agrícolas dos Estados Unidos, incluindo frango, carne de porco, soja e carne de vaca.

A China manifestou-se pronta para retaliar "até ao fim" a decisão dos Estados Unidos de aumentar as tarifas comerciais sobre produtos chineses.

A decisão foi comunicada após o anúncio de que Pequim irá aumentar as suas próprias taxas aduaneiras em resposta às medidas norte-americanas.

Se Washington persistir em travar uma "guerra tarifária, uma guerra comercial ou qualquer outra forma de conflito, a China estará pronta para ripostar até ao fim", disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês durante uma conferência de imprensa.

As taxas, que foram anunciadas pelo Ministério do Comércio, deverão entrar em vigor a partir de 10 de março e seguem-se à ordem do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de aumentar as taxas sobre as importações de produtos chineses para 20% em todos os setores, a partir desta terça-feira.

As importações de frango, trigo, milho e algodão cultivados nos Estados Unidos enfrentarão uma taxa extra de 15%, informou o ministério. As taxas sobre o sorgo, a soja, a carne de porco, a carne de vaca, os produtos do mar, as frutas, os legumes e os produtos lácteos serão aumentados em 10%, acrescentou.