Bruxelas "encoraja" governos a "prepararem logística" para vacinar crianças
Bruxelas aguarda luz verde da Agência Europeia do Medicamento (EMA), mas afirma que os Estados-Membros deve "antecipar logisticamente" a distribuição em massa da versão infantil da vacina.
O porta-voz da Comissão Europeia para a Saúde, Stefan de Keersmaecker diz que Bruxelas tem tudo pronto para que a autorização comercial da vacina possa avançar "muito rapidamente".
"Da nossa parte, a Comissão trabalhará muito rápido. Assim que recebamos a luz verde da Agência Europeia do Medicamento, a Comissão tem procedimentos ultra-rápidos para a autorização da vacina", afirmou, lembrando que no caso das vacinas aprovadas para adultos a autorização de Bruxelas tem acontecido "nas primeiras 24 horas", após a aprovação da EMA.
"É muito importante que os Estados-Membros se preparem e o façam rapidamente", disse o porta-voz, insistindo que na Comissão "podemos trabalhar muito rápido da nossa parte, também".
A porta-voz da Comissão Europeia, Dana Spinant afirma que Bruxelas está a seguir, para a vacinação das crianças dos 5 aos 11 anos, um procedimento semelhante ao adoptado há um ano.
"Antes de termos lançado a vacinação da população adulta, que começou há quase um ano, em dezembro de 2020, encorajámos os Estados-Membros a prepararem-se logisticamente, porque para haver eficácia é preciso avançar rápido, e é importante avançar na logística", afirmou Dana Spinant, sugerindo aos governos que não percam tempo a accionar os preparativos.
"É da responsabilidade das autoridades nacionais, ou regionais, ou locais, de acordo com a forma como os sistemas de saúde estão organizados nos nossos Estados Membros, darem passos preparatórios para a logística de uma vacinação", afirmou.
A Agência Europeia do Medicamento anunciou a 18 de outubro o início da avaliação do pedido de extensão do uso da vacina da BioNTech/Pfizer a crianças dos cinco aos 11 anos.
A EMA está a "rever os dados sobre a vacina, incluindo os resultados de um estudo clínico em curso, envolvendo crianças de 5 a 11 anos, a fim de decidir se recomenda a extensão do uso".
"O parecer do Comité de Medicamentos para Uso Humano será então encaminhado para a Comissão Europeia, que emitirá uma decisão final", anunciou a agência.