Investigação envolve bebidas como gin e vodka.
Investigação envolve bebidas como gin e vodka. Arquivo.

Brasil: mortes e bares fechados em São Paulo após intoxicação por metanol em bebidas alcóolicas

Pelo menos cinco pessoas morreram na maior cidade brasileira após consumo de bebidas adulteradas. Polícia investiga bares e ligação ao grupo criminoso PCC.
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O estado de São Paulo registou em setembro uma série de intoxicações provocadas por bebidas alcoólicas adulteradas com metanol. Ao todo, sete casos foram confirmados e outros 15 estão em investigação. De acordo com a imprensa brasileira, cinco mortes já foram confirmadas.

A Polícia Civil investiga bares e lojas de bebidas suspeitas, enquanto a Polícia Federal procura a origem da substância e apura se há distribuição noutros estados brasileiros. Entre as vítimas está uma mulher que perdeu a visão depois de consumir caipirinhas com vodca num bar na zona nobre da capital paulista. O caso chegou ao público através do tradicional programa Fantástico, da TV Globo, na noite do último domingo, 28 de setembro.

Outras duas pessoas seguem internadas em estado grave, incluindo um jovem de 27 anos, em coma há vinte dias depois de ter o cérebro afetado pelo metanol e um homem que também perdeu a visão e teve um Acidente vascular cerebral (AVC). Em ambos os casos, há relatos de próximos das vítimas de que as bebidas consumidas estavam lacradas e haviam sido compradas em "adegas de qualidade"

De acordo com a Agência Brasil, o Governo de São Paulo anunciou que foram apreendidas na terça-feira, 30 de setembro, 112 garrafas de vodca que podem ser falsas em diferentes pontos da capital.

A Vigilância Sanitária já determinou o encerramento de estabelecimentos, incluindo um bar nos Jardins, um dos bairros mais nobres da cidade. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, afastou até agora qualquer indício de envolvimento do crime organizado, nomeadamente o Primeiro Comando da Capital (PCC), apesar da Associação Brasileira de Combate à Falsificação (ABCF) levantar a hipótese de ligação da facção aos casos.

O metanol é um produto industrial extremamente químico e impróprio para consumo humano. O Ministério da Saúde alerta que pequenas quantidades podem ser fatais, e os sintomas iniciais confundem-se facilmente com os de uma ressaca. Além disso, o consumidor não consegue identificar o metanol na bebida, seja por cheiro, gosto ou aparência.

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