Perto de 43 mil apoiantes de Jair Bolsonaro reuniram-se na tarde de domingo (dia 7), na Avenida Paulista, em São Paulo, numa manifestação que pediu amnistia aos condenados pela tentativa de golpe de estado entre 2022 e 2023, entre os quais o próprio ex-presidente, ausente da manifestação por estar em prisão domiciliar. Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo, e Romeu Zema, governador de Minas Gerais, ambos supostos presidenciáveis, e a ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, participaram do ato.Na manifestação, convocada pelo pastor Silas Malafaia, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, foi muito notada uma bandeira gigante dos Estados Unidos, numa altura em que o país norte-americano protagoniza uma guerra comercial contra o Brasil, em parte por influência do deputado Eduardo Bolsonaro, filho de Jair Bolsonaro. “Fé em Deus, Eduardo Bolsonaro. Edu, nós o apoiamos. Donald Trump, thank you very much”, dizia um cartaz, segundo o site G1. Noutro havia o pedido por “liberdade, democracia e amnistia”. Havia também faixas com a frase "Fora Moraes", aludindo a Alexandre de Moraes, juiz relator do processo de Bolsonaro, e "SOS Trump, Bolsonaro Free". Tarcísio de Freitas questionou as provas contra Bolsonaro e afirmou que não houve crime a 8 de janeiro de 2023. “Deixa o Bolsonaro ir para a urna, qual o problema? Ele é o nosso candidato”. “Não vamos aceitar a ditadura de um poder sobre o outro”, prosseguiu, a propósito do sistema judicial. Emocionada, Michele Bolsonaro disse que o marido “não pode falar”. “Ele gostaria muito de estar aqui ou até entrar em videochamada mas as nossas liberdades estão cerceadas. A liberdade de locomoção foi cerceada. [...] Não vamos desistir. Em breve, isso tudo vai passar”. .Defesa de Bolsonaro alega não haver “uma única prova” que o ligue a tentativa de golpe de Estado