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Bill Gates vai doar maior parte da fortuna pessoal à sua fundação, que deve investir 200 mil milhões até 2045

"Muito pode ser feito em 20 anos", afirmou Gates numa carta aberta, destacando o compromisso da fundação em combater a pobreza e doenças em todo o mundo
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Bill Gates, cofundador da Microsoft, revelou esta quinta-feira que doará a maior parte da sua fortuna restante à Gates Foundation, com a meta de investir "mais de 200 mil milhões de dólares (cerca de 177 mil milhões de euros)" até 2045, ano em que a instituição será encerrada.

"Muito pode ser feito em 20 anos", afirmou Gates numa carta aberta, citado pela agência AFP, destacando o compromisso da fundação em combater a pobreza e doenças em todo o mundo. "Quero garantir que o mundo avance nesse período."

Desde sua criação em 2000, a Gates Foundation já destinou 53,8 mil milhões de dólares a projetos focados em saúde pública, educação e desenvolvimento, especialmente em África e na Ásia.

Em 2024, a fundação, que passou a chamar-se apenas Gates Foundation após a saída de Melinda French Gates, ex-mulher do cofundador da Microsoft, detinha ativos avaliados em 71,3 mil milhões de dólares e para o ano em curso o orçamento está fixado em 8,7 mil milhões.

Gates, cuja fortuna atual é estimada em 113 mil milhões de dólares pela revista Forbes, já doou mais de 100 mil milhões a causas filantrópicas, incluindo cerca 60 mil milhões destinados às causas adotadas pela sua fundação.

Para os próximos 20 anos, a fundação Gates dará prioridade a causas como a redução da mortalidade infantil, o combate a doenças infecciosas - como pólio e malária - e projetos educacionais.

Ataques a Elon Musk

O outrora homem mais rico do mundo atacou o atual detentor desse título, Elon Musk, acusando-o de estar a "matar as crianças mais pobres do mundo" devido aos grandes cortes no orçamento de ajuda externa dos EUA, supervisionados pelo Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), liderado pelo dono da Tesla e da rede social X.

"A imagem do homem mais rico do mundo a matar as crianças mais pobres do mundo não é bonita", disse Gates ao Financial Times. Em entrevista à Reuters, alertou também para uma reversão drástica de décadas de progresso na redução da mortalidade, nos próximos quatro a seis anos, devido aos cortes de verbas de ajuda internacional.

Gates elogiou ainda Warren Buffett, o "oráculo" dos mercados financeiros que na semana passada anunciou a sua retirada como CEO da Berkshire Hathaway, aos 94 anos, apelidando-o de "modelo supremo de generosidade", e incentivou outros multimilionários a aumentarem as suas doações para melhorar a vida dos mais pobres.

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