Biden mostra-se mais forte. Mas volta a cometer uma gafe: refere-se a "vice-presidente Trump"
"Sou a pessoa mais qualificada para me candidatar à presidência" dos EUA. Esta foi a ideia repetida à exaustão esta madrugada por Joe Biden, na conferência de impensa de encerramento da cimeira da NATO, em Washington, DC.
Na parte aberta às perguntas dos jornalistas, em que Biden tinha uma lista previamente combinada de que órgãos de comunicação social deveria passar a palavra, o atual presidente dos EUA viu-se confrontado com uma barragem de perguntas acerca do seu estado de saúde e da sua capacidade para se recandidatar ao cargo.
A dada altura, quando perguntado acerca da capacidade da vice-presidente, Kamala Harris, para ser candidata, se ele decidisse não concorrer - isto no dia em que Harris surge numa sondagem mais bem colocada do que ele próprio - Biden comete uma gafe.
"Eu não teria escolhido o vice-presidente Trump para ser vice-presidente se não achasse que ela tinha qualidades para ser presidente", respondeu Biden.
Esta é a segunda gafe do género no mesmo dia, depois de Biden ter chamado "Putin" ao presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. Facto é Joe Biden sempre foi famoso pelas suas gafes, tendo acumulado muitas ao longo da sua imensa carreira.
Apesar de, inicialmente, apresentar alguns problemas de voz e tosse, Biden esteve ao longo de toda a conferência de imprensa sempre com um tom de controlo sobre a conversação que não apresentou na noite do agora famoso debate com Donald Trump - que levou inclusivamente a que vários apoiantes democratas pedissem que desistisse.
O presidente norte-americano desmentiu inclusivamente que precise de se deitar às oito da noite, como chegou a ser noticiado. "Isso não é verdade", garantiu. O que acontece, disse, é que "em vez de o meu dia começar às 7.00 e só acabar à meia noite agora concluí que é mais inteligente controlar-me um pouco mais".
"Tenho de acabar este trabalho", concluiu o presidente norte-americano, após voltar a garantir que fizera "três exames médicos" que concluíram que estava "em boa forma"
"Estamos do lado da Ucrânia"
Na parte substancial da conferência de imprensa, Joe Biden fez questão de dizer que os EUA "não podem retirar-se do mundo".
"O meu antecessor deixou claro que não estava comprometido com a NATO", afirmou, num ataque direto ao candidato republicano, Donald Trump.
Biden garantiu que, se vencer as eleições, garantirá a posição de apoio à Aliança Atlântica e a todos os seus compromissos, nomeadamente na guerra da Ucrânia: "Não me vou afastar da Ucrânia. Estamos ao lado da Ucrânia e vamos continuar".
"O nosso país não se pode retirar do mundo", disse Biden, elogiando o papel da NATO.
"O mundo está mais seguro com a NATO? A resposta é claramente que sim", concluiu Biden, lembrando que o princípio de que um ataque a um dos membros é um ataque a todos, "é a melhor forma de evitar guerras".
"A NATO está mais forte e está maior", acrescentou Biden, referindo-se à recente adesão da Finlândia e da Suécia.
Com Lusa