Bailarina arrisca 15 anos de prisão na Rússia por doar 46 euros a ONG pró-Ucrânia

Bailarina arrisca 15 anos de prisão na Rússia por doar 46 euros a ONG pró-Ucrânia

Ksenia Karelina, uma bailarina amadora que vive nos Estados Unidos, foi detida em fevereiro, quando visitava familiares na Rússia. É acusada de prestar assistência financeira ao exército ucraniano.
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Os procuradores russos solicitaram uma pena de 15 anos de prisão para uma cidadã com dupla nacionalidade russa e americana acusada de “traição” por fazer um donativo a uma organização pró-Ucrânia.

Ksenia Karelina, uma bailarina amadora que vive nos Estados Unidos, foi detida em fevereiro, quando visitava familiares na Rússia, acusada de prestar assistência financeira ao exército ucraniano.

“A acusação solicitou uma pena de 15 anos de prisão numa colónia penal de regime geral”, disse esta quinta-feira as agências de notícias estatais russas, citando o advogado de Karelina, Mikhail Mushailov.

Karelina doou cerca de 50 dólares (45,8 euros) a uma instituição de caridade pró-Ucrânia com sede nos EUA depois de a Rússia ter lançado a sua ofensiva militar em grande escala em 2022, informou a comunicação social dos EUA, citando a sua família e o seu empregador.

O serviço de segurança russo FSB acusou-a de recolher dinheiro que foi “utilizado para comprar material médico tático, equipamento, armas e munições para as forças armadas ucranianas”.

Os meios de comunicação estatais russos informaram que ela se declarou culpada numa audiência na cidade de Ecaterimburgo, nos Urais, na quarta-feira.

O veredicto será divulgado na próxima quinta-feira, informou a assessoria de imprensa do tribunal à AFP.

Moscovo lançou dezenas de processos-crime contra cidadãos russos que acusa de apoiar ou colaborar com Kiev.

Karelina, com cerca de 30 anos, é apenas uma de uma série de cidadãos norte-americanos e com dupla nacionalidade que também foram visados.

Na semana passada, a Rússia libertou três deles – os jornalistas Evan Gershkovich e Alsu Kurmasheva, bem como o ex-fuzileiro Paul Whelan – na maior troca de prisioneiros Leste-Oeste desde a Guerra Fria.1

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