Autora de ‘Harry Potter’ criticada por opiniões sobre pessoas trans
A autora JK Rowling, conhecidea pela saga do Harry Potter, gerou polémica online e até ameaças de morte, devido às suas opiniões sobre identidade de género.
A sua posição de que o sexo biológico é imutávelprovocou a ira de ativistas dos direitos dos trans, que pediram que ela fosse “cancelada”. JK Rowling, de 58 anos, nega as acusações de transfobia que mancharam o seu sucesso internacional dos livros de Harry Potter, que venderam cerca 600 milhões de cópias no mundo todo.
A última polémica explodiu na semana passada, depois que o governo escocês em Edimburgo, onde Rowling mora, aprovou uma lei que criminaliza o discurso de ódio, inclusive contra pessoas trans.
Rowling publicou no dia 1 de abril uma série de mensagens sobre mulheres trans na rede social X, antigo Twitter.
“Obviamente, as pessoas mencionadas nos tweets acima não são mulheres, mas homens, cada um deles”, escreveu.
A nova legislação, acrescentou, está “totalmente aberta” ao abuso daqueles que querem silenciar os defensores dos espaços para mulheres e raparigas.
“A liberdade de expressão e de crença chegará ao fim na Escócia se a descrição precisa do sexo biológico for considerada criminosa”, acrescentou.
A polícia disse que as queixas não eram criminosas, já que os comentários desencadearam, previsivelmente, uma discussão.
O jornal de direita Daily Mail chamou Rowling de “heroína”.
Em 2018, a escritora gostou de uma publicação na rede social X que descrevia as mulheres trans como “homens de vestidos”.
Depois de atrair críticas, pediu desculpa. Em 2019, ela voltou a defender publicamente uma mulher que foi demitida do trabalho depois escrever publicações que foram consideradas transfóbicas.
Em 2020, Rowling também respondeu sarcasticamente a uma descrição de “pessoas que tem mestruação”, escrevendo: “Tenho a certeza de que costumava haver uma palavra para essas pessoas. Wumben? Wimpund? Woomud?"
O comentário levou a repreensão dos seus prodígios do Harry Potter, incluindo Daniel Radcliffe, que fez o papel de Harry Potter.
JK Rowling autodenomina-se uma feminista militante e revelou como foi vítima de violência doméstica.
"Os direitos das mulheres podem ser ameaçados por alguns defensores dos direitos dos transexuais", argumentou.
Joanne Rowling começou a escrever desde cedo. Ensinou inglês em Portugal, onde se casou com o primeiro marido e teve uma filha.
Trabalhou nos livros de Potter todas as manhãs antes do trabalho e mudou-se para a Escócia após seu divórcio.
Depois de lançar os seus livfros, Harry Potter tornou-se um sucesso internacional e vendeu mais de 600 milhões de cópias em mais de 80 idiomas.