Pelo menos 33 pessoas morreram durante a noite na sequência de ataques israelitas contra a Faixa de Gaza, disseram fontes locais e funcionários hospitalares do enclave palestiniano, num novo balanço.As mesmas fontes indicaram à agência de notícias espanhola EFE que sete pessoas da mesma família foram vítimas de um ataque da aviação israelita que atingiu o edifício de uma escola primária em Farabi, norte da cidade de Gaza, onde se encontravam. Outras 11 pessoas das famílias foram mortas num outro ataque aéreo israelita contra a casa onde estavam abrigadas em Deir al-Balah (centro de Gaza), enquanto outros sete palestinianos foram mortos no bombardeamento de uma casa no campo de refugiados de Nuseirat, também na zona central.A morte destes habitantes de Gaza ocorre na véspera de um eventual acordo de cessar-fogo entre o governo israelita e o Hamas. O Hamas disse esta quarta-feira que as principais questões para um cessar-fogo e libertação de reféns em Gaza estão concluídas, mas disse que Israel ainda não entregou mapas específicos e uma data em que tropas vão retirar."Os israelitas e os norte-americanos querem que aceitemos a ideia geral de 'retirada das zonas povoadas' mas nós estamos a pedir mapas específicos e prazos para essa retirada", disse esta quarta-feira à EFE uma fonte do Hamas, em Doha, no Qatar."Queremos garantias de que, após a terceira fase, o Exército (israelita) se terá retirado de toda a Faixa de Gaza", acrescentou.De acordo com a fonte, que falou sob condição de anonimato, as discussões estão agora a centrar-se na limitação da presença de soldados a 500 metros em determinados pontos ao longo da divisão durante as três fases do acordo.Em contrapartida, Israel quer permanecer na chamada "zona tampão" - uma faixa de terra na qual todos os edifícios foram demolidos durante a guerra e que tem mais de 1,2 quilómetros de largura em Gaza.Uma fonte do Hamas referiu que ainda estão a ser debatidos os pormenores relativos ao regresso dos palestinianos deslocados assim como o formato de um eventual futuro governo depois da guerra.