Ataques russos fazem pelo 25 mortos. JD Vance perseguido por manif pró-Ucrânia
JD Vance diz que foi perseguido por apoiantes da Ucrânia
O vice-presidente dos EUA, JD Vance, contou este sábado no X que foi perseguido por apoiantes da Ucrânia, que inclusivamente assustaram a sua filha de 3 anos.
Na publicação, Vance descreve que enquanto ele e a mulher passeava com a menina, "um grupo de manifestantes ‘Slava Ukraini’ seguiu-[os] e gritou enquanto minha filha ficava cada vez mais ansiosa e assustada".
Vance diz que foi então falar com os manifestantes, com quem teve uma conversa "respeitosa".
Pediu-lhes para que deixassem "a família em paz", apelo a que "quase todos concordaram.
“Se está a perseguir uma criança de 3 anos como parte de um protesto político, você é uma pessoa de merda!”, escreva JD Vance, que está de férias na neve.
Ataque russo mata 25 pessoas em cidade do leste da Ucrânia
Um ataque russo no leste da Ucrânia na madrugada deste sábado matou 25 pessoas e feriu outras 40, de acordo com autoridades ucranianas. A cidade de Dobropillia fica a noroeste da cidade de Donetsk, e é controlada pela Rússia, no leste da Ucrânia.
Os serviços de emergência informaram que oito prédios residenciais e um administrativo foram danificados no ataque. E acrescentaram que um drone atingiu a área enquanto os serviços de emergência trabalhavam para travar um incêndio, danificando um carro de os bombeiros.
O governador da região de Donetsk garantiu numa mensagem no Telegram que os ataques russos mataram ontem um total de 20 pessoas na região, com outras 43 feridas.
O ministro da Energia ucraniano, Guerman Galushchenko, tinha anunciado ontem que as forças russas estavam a bombardear maciçamente as infraestruturas energéticas da Ucrânia.
"As infraestruturas de energia e de gás em várias regiões da Ucrânia estão novamente a ser alvo de bombardeamentos maciços com mísseis e 'drones'", escreveu Galushchenko na rede social Facebook.
Além disso, tinha adiantado que quatro pessoas tinham ficado feridas em Kharkiv, no leste da Ucrânia, devido a um ataque a "infraestruturas civis".
Os Estados Unidos anunciaram na segunda-feira a suspensão do apoio militar à Ucrânia contra a invasão russa, após um confronto público de Trump com o homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, na semana passada na Casa Branca, a que se seguiu a retirada da partilha de dados dos serviços de informações de Washington com Kiev.
A Ucrânia e os Estados Unidos concordaram na quarta-feira reatar as negociações "num futuro próximo" sobre uma solução para o conflito, o que envolverá um entendimento entre as partes sobre o acesso dos norte-americanos a recursos minerais em território ucraniano.
(Notícia atualizada)
Rússia emite passaportes em territórios ocupados e aumenta risco de recrutamento militar
A Rússia já emitiu 3,5 milhões de passaportes a ucranianos em territórios ocupados, revelou o Ministério da Defesa do Reino Unido. O número representa um aumento de 700 mil em relação aos 2,8 milhões registados em março do ano passado.
"Possuir um passaporte russo também implica recrutamento para as forças armadas da Rússia", alertou o ministério. Além disso, ucranianos que recusam o documento podem ver os seus bens confiscados pelas autoridades russas.
Nos territórios ocupados, um passaporte russo tornou-se essencial para aceder a serviços financeiros, assistência médica e apoios sociais. Milhões de ucranianos estão a viver sob controlo russo, incluindo nas regiões de Donetsk e Luhansk, parcialmente ocupadas.
Zelensky garante Ucrânia "totalmente comprometida" com o diálogo construtivo com os EUA
A Ucrânia está "totalmente comprometida" com o diálogo construtivo com representantes dos EUA na Arábia Saudita na próxima semana, disse este sábado Volodymyr Zelensky.
"A Ucrânia tem procurado a paz desde o primeiro segundo desta guerra. Há propostas realistas na mesa. A chave é agir de forma rápida e eficaz", disse.
"Do nosso lado, estamos totalmente comprometidos com o diálogo construtivo e esperamos discutir e concordar com as decisões e etapas necessárias". acrescentou.
Zelensky viaja para a Arábia Saudita na próxima semana para se encontrar com o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman. Depois disso, representantes diplomáticos e militares ucranianos permanecerão no país para uma reunião na terça-feira com autoridades dos EUA.
Tusk lamenta mais "outra noite trágica na Ucrânia"
Donald Tusk, primeiro-ministro da Polónia, também já respondeu aos ataques noturnos na Ucrânia que mataram pelo menos 20 pessoas.
"Issto é o que acontece quando alguém apazigua bárbaros. Mais bombas, mais agressões, mais vítimas. Outra noite trágica na Ucrânia", escreveu na rede social X.
Tusk tinha anunciado na sexta-feira que todos os soldados polacos serão sujeitos a treino militar, esperando aumentar o exército do país de cerca de 200.000 para cerca de meio milhão soldados.
UE condena ataques e diz que Putin "não tem interesse na paz"
Kaja Kallas, chefe da diplomacia da União Europeia, já reagiu a mais uma noite de ataques russos que provocaram pelo menos 14 mortes e dezenas de feridos na Ucrânia, acusando Putin de não ter interesse na paz.
Pelo menos 14 pessoas morreram e 37 ficaram feridas, entre eles cinco crianças, em ataques russos com mísseis e drones à cidade de Dobropillia, no leste da Ucrânia, e a uma povoação na região de Kharkiv, informou este sábado o Ministério do Interior ucraniano.
“Os mísseis russos continuam a chover implacavelmente sobre a Ucrânia, trazendo mais morte e destruição. Mais uma vez, Putin mostra que não tem interesse na paz”, escreveu Kaja Kallas na rede social X.
A chefe da diplomacia da União Europeia disse ainda que o grupo dos 27 Estados-membros deve aumentar o apoio militar à Ucrânia: "Devemos intensificar o nosso apoio militar, caso contrário, mais civis ucranianos vão continuar a pagar o preço mais elevado” da guerra.
Os líderes da UE realizaram na quinta-feira uma cimeira extraordinária, onde reiteraram o seu apoio à Ucrânia e sublinharam que qualquer trégua ou cessar-fogo no país deve estabelecer as bases para um acordo de paz que deve também ser acompanhado de garantias de segurança para dissuadir a Rússia de futuros ataques, numa declaração da qual apenas a Hungria se afastou.
No entanto, os parceiros europeus não especificaram quaisquer novos apoios militares a Kiev e instaram Kaja Kallas a continuar a trabalhar numa proposta.
Além disso, os 27 Estados-membros apoiaram por unanimidade o plano da Comissão Europeia para rearmar o continente, que prevê a mobilização de até 800 mil milhões de euros em fundos nacionais e um novo instrumento de 150 mil milhões de euros financiados por dívida comum para fornecer empréstimos aos países.
Zelenskyy condena ataque "desumano" que mostra que os objetivos da Rússia não mudaram
Volodymyr Zelenskyy condenou o ataque com mísseis russos na madrugada deste sábado em Dobropillia.
Zelenskyy adiantou que dois mísseis atingiram primeiro a cidade e que depois a Rússia lançou outro ataque "deliberadamente visando socorristas".
"É uma tática vil e desumana de intimidação à qual os russos costumam recorrer. Estes ataques mostram que os objetivos da Rússia não mudaram. Portanto, é muito importante continuar a fazer tudo para proteger vidas, fortalecer a nossa defesa aérea e endurecer as sanções contra a Rússia. Tudo o que ajuda Putin a financiar a guerra deve parar", referiu ainda.