Ataque bombista a mesquita no Paquistão faz pelo menos 47 mortos
Autoridades acreditam tratar-se de um ataque de um bombista suicida, mas as investigações ainda decorrem. Maioria das vítimas são polícias.
As autoridades policiais do Paquistão subiram para pelo menos 47 mortos e 150 feridos o balanço das vítimas do atentado numa mesquita localizada na cidade de Peshawar, que foi reivindicado pelos talibãs paquistaneses.
Relacionados
De acordo com as autoridades do Paquistão, a maioria das vítimas do ataque à mesquita - perpetrado por um homem-bomba suicida - são polícias, já que este estabelecimento religioso se encontra num complexo urbano que também serve de quartel-general para a polícia de Peshawar.
Sarbakaf Mohmand, comandante do grupo de talibãs paquistaneses, assumiu a responsabilidade pelo ataque, através de uma mensagem na rede social Twitter.
Subscreva as newsletters Diário de Notícias e receba as informações em primeira mão.
O impacto da explosão fez desabar o teto da mesquita, que cedeu, provocando vários feridos, de acordo com Zafar Khan, um agente policial.
"É uma situação de emergência", disse Muhammad Asim Khan, porta-voz do principal hospital de Peshawar, que confirmou o balanço de 47 vítimas fatais e 150 feridos. Entre os mortos está Noor-ul-Amin, o líder da mesquita.
Uma sobrevivente, a agente policial Meena Gul, de 38 anos, disse que estava dentro da mesquita quando a bomba explodiu, relatando um cenário de caos e de pânico após a explosão.
As equipas de resgate continuam a remover montes de destroços do terreno da mesquita, procurando auxiliar os fiéis ainda retidos sob os escombros.
Em comunicado, o primeiro-ministro do Paquistão, Shahbaz Sharif, condenou o atentado e ordenou às autoridades que garantam o melhor tratamento médico possível às vítimas, prometendo "ação severa" contra os responsáveis pelo ataque.
O ex-primeiro-ministro Imran Khan também condenou o atentado, classificando-o como "ataque terrorista suicida".
"É imperativo melhorar a forma como coligimos informações e equipar adequadamente as nossas forças policiais para combater a crescente ameaça do terrorismo", defendeu Khan.
Peshawar tem sido palco de frequentes ataques de milícias terroristas.
Os talibãs do Paquistão, conhecidos como Tehreek-e-Taliban Pakistan ou pela sigla TTP, são um grupo distinto dos talibãs que controlam atualmente o Afeganistão.
O TTP está ativo no Paquistão há mais de 15 anos.