Durou 44 anos, resistiu a sete presidentes, guerras, atentados, tempestades de neve e até ao 11 de setembro. Mas esta vigília pacífica em frente à Casa Branca, considerada a mais longa da história dos Estados Unidos, não resistiu ao segundo mandato de Donald Trump.Segundo conta o jornal El País, após um repórter conservador do Real America’s Voice ter chamado a atenção do presidente para a famosa tenda azul do acampamento, visível na Praça Lafayette, agentes do Serviço de Parques federais surgiram, poucos dias depois, com uma carta na mão e ordenaram o desmantelamento. O presidente norte-americano justificou entretanto a decisão com “razões de segurança pública” e “estética”.A vigília começou em 1981, quando William Thomas se instalou frente à residência presidencial com um cartaz que pedia “sabedoria e honestidade” e defendia o desarmamento nuclear. Desde então, voluntários mantiveram o protesto ativo 24 horas por dia, todos os dias do ano. Um deles é Philipos Melaku-Bello, de 63 anos e em cadeira de rodas, que passou décadas no local e prometeu não desistir: “Podem ter-nos tirado daqui, mas vou continuar a protestar noutras frentes. Não sabem o que fizeram”, disse ao jornal El País.O ativista conta com o apoio da União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU) e planeia contestar a ordem de Trump em tribunal. Para já, voltou a marcar presença na praça, mesmo sem a tenda que durante anos fez parte do cenário turístico da capital..Juiz recusa processar New York Times por difamação como Trump queria.A guerra de Trump aos ‘media’ faz mais uma vítima