"Com base no facto de que há uma possibilidade substancial de existirem negociações com o Irão num futuro próximo, tomarei minha decisão sobre ir ou não [atacar o Irão] durante as próximas duas semanas." Esta frase é de Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, e foi lida no briefing de hoje da porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt.
"Sei que tem havido muita especulação sobre a tomada de decisão do presidente sobre se os EUA estarão ou não envolvidos", acrescentou Karoline Leavitt, lembrando que o presidente já foi "inequivocamente claro" sobre a impossibilidade de ter armas nucleares.
O conflito entre Israel e o Irão entre no sétimo dia e, ao contrário do que se pudesse esperar, não há tréguas à vista. Bem pelo contrário: os ataques têm-se intensificado, e as dúvidas sobre se os EUA vão ou não entrar ativamente na guerra são cada vez menores.
Esta noite, um missil iraniano atacou um hospital no sul de Israel, na cidade de Beersheba, causando muitos danos. O ataque, o primeiro a aingir diretamente uma unidade de saúde, foi a resposta do Irão ao ataque prepertado por Israel às suas infraestruturas nucleares e à liderança militar iraniana. Recorde-se que Israel anunciou ter já atingido mais de mil alvos iranianos desde o início do conflito, incluindo duas centrífugas nucleares – o que foi confirmado pela Agência Internacional de Energia Atómica. A operação militar designada “Leão Ascendente” foi iniciada por Israel e tem como objetivo de neutralizar a ameaça nuclear iraniana.
Donald Trump, presidente dos EUA, estará pronto para entrar no conflito, segundo assessores da Casa Branca citados ontem pelo The Wall Street Journal. O presidente americano estará a adiar a sua aprovação de entrada direta na guerra na esperança de que o governo iraniano abandone o seu programa nuclear, só com a ideia de EUA e Israel unirem esforços, tal como o DN já escreveu.
Ali Khamenei, líder supremo do Irão, tem reforçado a postura de resistência, e ontem, 18 de junho, reafirmou que “o Irão nunca se renderá”, e lembrou como o país não reage bem a ameaças, como se pode ver pela História da região. As declarações salientaram a tensão crescente no território e confirmaram a determinação dos iranianos de não ceder às pressões externas de que têm sido alvos.
Entretanto, no tabuleiro diplomático, Vladimir Putin avisou os EUA de que uma intervenção militar de apoio a a Israel pode desestabilizar a região. Ao mesmo tempo, Omã e Qatar são alguns dos países que tentam mediar um cessar-fogo entre Israel e o Irão, sublinhando a necessidade urgente de soluções diplomáticas para conter o conflito regional cujos danos já alastram à economia mundial através, por exemplo, do impacto no preço do petróleo.
Esta quinta-feira, o ministro da Defesa de Netanyahu já avisou que as forças armadas israelitas vão intensificar os ataques contra “alvos estratégicos” no Irão, depois de uma cortina de mísseis iranianos ter atingido vários locais, incluindo o maior hospital do sul de Israel.
A ameaça de Israel Katz, surgiu depois de o exército israelita ter lançado uma vaga de ataques contra alvos no Irão, incluindo a um complexo nuclear. A intensificação dos ataques de Israel, disse Katz, “eliminaria as ameaças ao Estado de Israel e desestabilizaria o regime dos aiatolas”.
O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou esta quinta-feira que não quer sequer considerar a possibilidade de um assassinato do líder supremo do Irão, Ali Khamenei, e defendeu o cessar das hostilidades com Israel.
“Não quero sequer falar sobre essa possibilidade. Ouvi esses rumores, mas não quero comentar”, disse Putin, durante um encontro com representantes de várias agências de notícias internacionais, no Fórum Económico Internacional de São Petersburgo.
A situação no Médio Oriente, em particular a tensão entre dois aliados de Moscovo - Irão e Israel - dominou a intervenção do chefe de Estado russo no evento, conhecido como o ‘Davos russo’.
Putin ofereceu-se como mediador para alcançar um cessar dos bombardeamentos entre Irão e Israel, reconhecendo tratar-se de “um tema muito sensível”.
“É possível encontrar uma solução”, afirmou, considerando que “podem ser garantidos os interesses do Irão na área da energia nuclear pacífica e, ao mesmo tempo, dissipar as preocupações de segurança de Israel”.
Segundo o líder russo, esta posição foi comunicada ao Presidente norte-americano, Donald Trump, ao primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, e ao Presidente iraniano, Masud Pezeshkian.
“Não impomos nada a ninguém. Dizemos apenas que vemos uma possível saída para a situação. A decisão cabe aos governos envolvidos, sobretudo ao Irão e a Israel”, frisou.
No entanto, Putin indicou que Trump, que anteriormente se mostrou recetivo à mediação russa na reconversão do urânio enriquecido iraniano em combustível para centrais civis, terá rejeitado essa via na última conversa telefónica entre ambos.
Sobre uma eventual capitulação do Irão, o chefe do Kremlin lembrou que “as instalações nucleares subterrâneas continuam intactas”, algo que considerou “muito importante”.
Putin salientou ainda que Teerão não solicitou apoio militar direto de Moscovo, apesar do fornecimento de veículos aéreos não tripulados ('drones') Shahed à Rússia, durante os primeiros anos da guerra na Ucrânia.
“O Irão não nos pediu outro tipo de apoio”, disse, sublinhando que cerca de 250 técnicos russos continuam a trabalhar na central nuclear de Bushehr, construída com apoio de Moscovo no sul do Irão, após o abandono do projeto por parte da Alemanha.
“Não saímos de lá. Isso não é apoio?”, questionou Putin, acrescentando que Israel garantiu a segurança dos engenheiros russos no local.
O Presidente russo revelou também que Moscovo chegou a propor ao Irão uma cooperação no desenvolvimento de sistemas de defesa antiaérea, mas que “os parceiros não demonstraram grande interesse”.
O acordo de parceria estratégica assinado este ano entre a Rússia e o Irão não abrange questões de defesa, sublinhou Putin. Em contraste, um pacto semelhante com a Coreia do Norte inclui uma cláusula de assistência militar mútua em caso de agressão externa.
Lusa
O aviso foi do Grande Ayatollah Ali Sistani, principal clérigo xiita iraquiano, que está a ser citado pela Agência France Presse (AFP). A possibilidade de atacar a liderança do Irão e o escalar da guerra entre este país e Israel poderia mergulhar toda a região no caos.
Sistani afirmou esta quinta-feira, 19 de junho, que qualquer ataque à “suprema liderança religiosa e política” do Irão teria “consequências terríveis para a região” e poderia desencadear “um caos generalizado que exacerbaria o sofrimento do seu povo [da região] e prejudicaria gravemente os interesses de todos”.
Sistani exortou a comunidade internacional a “envidar todos os esforços para pôr termo a esta guerra injusta e encontrar uma solução pacífica” para o programa nuclear iraniano.
Sistani, um iraniano, é a mais alta autoridade religiosa para milhões de muçulmanos xiitas no Iraque e em todo o mundo, com o poder de mobilizar uma grande parte dessa base no Iraque.
Com os avisos de guerra regional a intensificarem-se na sequência do ataque surpresa de Israel ao Irão na semana passada, aumentam os receios de uma intervenção de facções iraquianas apoiadas pelo Irão, sobretudo contra os interesses americanos na região.
Os ministros dos Negócios Estrangeiros da Alemanha, França e Reino Unido estão a planear uma reunião com o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Abbas Araghchi, na sexta-feira (20 de junho) em Genebra, de acordo com vários meios de comunicação social internacional.
Os ministros reunir-se-ão primeiro com a principal diplomata da União Europeia, Kaja Kallas, na missão permanente da Alemanha em Genebra, antes de realizarem uma reunião conjunta com o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, avançaou uma fonte à agência Reuters.
Os Estados Unidos e o Irão mantiveram negociações sobre o programa nuclear do país durante quase dois meses, sob a mediação do emirado do Golfo de Omã, antes de Israel lançar o seu grande ataque contra o Irão na sexta-feira passada. O Irão respondeu com intensos disparos de mísseis.
A Secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido, Priti Patel, afirmou que o Partido Conservador apoiaria o governo britânico na luta militar contra o Irão, se tal fosse considerado necessário, segundo a imprensa daquele país.
Questionada sobre se concordaria se o Reino Unido se juntasse à ofensiva, a responsável disse ao Good Morning Britain que "embora queiramos a paz na região, é absolutamente claro que o Irão não deve poder obter armas nucleares. E se o Governo considerar que tal ação é necessária para o evitar, então apoiaremos absolutamente o Governo se este considerar ser esse o passo necessário para garantir que podemos defender o nosso país, os nossos cidadãos e, efetivamente, muitas das nossas ações estratégicas na região do Médio Oriente"
A deputada acrescentou que acredita que a oposição será capaz de responsabilizar o governo se não houver uma votação no parlamento sobre essa decisão.
A China instou os países do Médio Oriente, "sobretudo Israel", a acabar com o conflito, esta quinta-feira, depois de novos ataques entre aquele Estado e o Irão que levaram o presidente Donald Trump a admitir uma entrada direta na guerra, através de meios militares. O porta-voz do ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Guo Jiakun, disse que "a China apela veementemente a todas as partes envolvidas no conflito, especialmente a Israel, para que ponham em primeiro lugar os interesses da população da região, cessem imediatamente o fogo e parem os combates", cita o The Guardian. Na mesma declaração, o responsável disse que Beijing "se opõe a qualquer ato que viole a soberania, a segurança e a integridade territorial de outros países, e opõe-se ao uso ou ameaça de uso da força nas relações internacionais”
O ministro da Defesa de Israel afirmou esta quinta-feira que o líder supremo do Irão, Ayatollah Ali Khamenei, “não pode continuar a existir”, depois de o hospital Soroka, no sul de Israel, ter sido atingido por um ataque de mísseis iranianos, noticia a AFP.
Aos jornalistas em Holon, perto de Tel Aviv, Israel Katz afirmou que "Khamenei declara abertamente que quer a destruição de Israel - ele próprio dá a ordem para disparar contra hospitais. Considera que a destruição do Estado de Israel é um objetivo. Não se pode permitir a existência de um homem assim"
Um míssil atingiu a base de um arranha-céus em Ramat Gan, perto do centro de Tel Aviv e a cerca de 200 metros do mercado de diamantes da cidade.
A população local, citada pelo The Guardia, referiu o ataque direto foi feito a uma pizzaria, mas que vários blocos de apartamentos mais antigos também foram destruídos pela força da explosão, que partiu quebrou janelas em todo o distrito, descrevem. para já, não há relatos de vítimas. Numa altura em que a guerra já dura há uma semana, os residentes estão já habituados a procurar abrigo assim que soam as sirenes ou começam os ataques.
"Foi como uma bomba atómica. Um terramoto", disse Asher Adiv, de 69 anos, citada pelo mesmo diário britânico. "O povo iraniano deve fazer uma revolução e expulsar os aiatolas", disse Asher na mesma ocasião. "Não estamos a lutar apenas por Israel. Estamos a lutar por todo o mundo. Pedimos a Trump para entrar no país e resolver o problema"
O Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) russo fez saber esta quinta-feira, 19 de junho, que pediu a Israel para suspender imediatamente os ataques à central nuclear de Bushehr, no Irão, onde trabalham especialistas russos, segundo noticia a Reuters.
Moscovo avisou novamente para os riscos de uma intervenção direta dos EUA. Maria Zakharova, porta-voz do MNE russo afirmou que a entrada dos Estados Unidos neste conflito teria consequências imprevisíveis.
As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês), indicaram, entretanto, que "foi um erro" terem anunciado que atingiram a única central nuclear iraniana em funcionamento, situada na costa do Golfo Pérsico, adianta a Sky News.
Israel afirma agora ter atingido centrais em Natanz, Isfahan e Khondab, anteriormente denominada Arak.
⭕This nuclear reactor in Arak was created for one purpose: to build a nuclear bomb.
— Israel Defense Forces (@IDF) June 19, 2025
It has now been neutralized. Here is a closer look at the reactor itself: pic.twitter.com/4KBDsgp8IN
Um porta-voz das forças armadas israelitas afirma ter atingido instalações nucleares em Bushehr, Isfahan e Natanz, no Irão, de acordo com a Reuters. E o objetivo é visar outras infraestruturas durante a ofensiva militar, em curso desde a madrugada de 13 de junho.
De referir que a instalação em Buscher, no Golfo Pérsico, a cerca de 750 quilómetros a sul de Teerão, é a única central nuclear comercial do Irão. A Rússia fornece combustível nuclear à central.
Pelo menos 40 pessoas ficaram feridas no ataque iraniano que atingiu o hospital Soroka, na cidade de Beersheba, no sul de Israel.
"Há danos extensos em todo o hospital, em edifícios, estruturas, janelas, tetos, em todo o centro médico", diz Shlomi Kodesh, diretor da unidade hospitalar, citado pela BBC.
Não há, até ao momento, registo de vítimas mortais, mas as consequências podiam ter sido piores. O edifício tinha sido "evacuado nos últimos dias".
"Temos 40 feridos entre as pessoas que estavam no hospital na altura. A grande maioria destes funcionários e doentes deve ter ficado ferida devido a vidros partidos, tetos caídos e outros efeitos", explicou Shlomi Kodesh.
O processo de avaliação de danos está em curso, sendo que o hospital vai transferir mais de 200 doentes para outros centros médicos, disse ainda o responsável.
De acordo com a AP, no total, pelo menos 240 pessoas ficaram feridas devido a ataques de mísseis iranianos na manhã desta quinta-feira.
O líder supremo do Irão apelou esta quinta-feira, 19 de junho, ao povo iraniano para continuar a ter "o mesmo comportamento que tiveram até hoje". "Continuem este comportamento com força”, lê-se na mensagem divulgada nas redes sociais.
"Se o inimigo sentir que o temem, não vos largará”, declarou Ali Khamenei.
O líder supremo do Irão disse ainda na rede social X que a intervenção norte-americana no conflito é um sinal da “fraqueza e incapacidade” de Israel.
The very fact that the Zionist regime’s American friends have entered the scene and are saying such things is a sign of that regime’s weakness and inability.
— Khamenei.ir (@khamenei_ir) June 19, 2025
Junto ao hospital que foi atingido num ataque iraniano, o primeiro-ministro israelita disse que o país está empenhado "em destruir a ameaça de aniquilação nuclear contra Israel".
Questionado pelos jornalistas sobre uma possível intervenção direta dos EUA no conflito, Benjamin Netanyahu respondeu: "O presidente Trump fará o que for melhor para a América. Confio no seu julgamento, ele é um grande amigo, um grande líder mundial, um grande amigo de Israel e do povo judeu".
Netanyahu disse que a entrada dos EUA nas hostilidades é uma decisão do presidente norte-americano, com quem diz falar "quase todos os dias". Os EUA já estão a "ajudar muito” na defesa dos céus de Israel, disse o chefe do governo israelita, citado pela Sky News.
O Irão poderá encerrar o Estreito de Ormuz como forma de retaliar contra os seus inimigos, disse esta quinta-feira um legislador sénior ouvido pelo The Guardian. No entanto, um segundo membro do parlamento iraniano garantiu que esta opção só acontecerá se "os interesses vitais de Teerão estivessem em perigo"
“O Irão tem inúmeras opções para responder aos seus inimigos e utiliza-as em função da situação”, afirmou Behnam Saeedi, membro da presidência da Comissão de Segurança Nacional do Parlamento, citado pela agência noticiosa semi-oficial Mehr. “O encerramento do Estreito de Ormuz é uma das opções potenciais para o Irão”, disse.
Segundo um outro deputado, Ali Yazdikhah, o Irão continuará a permitir a livre navegação no Estreito e no Golfo enquanto os seus interesses nacionais vitais não estiverem em risco.
“Se os Estados Unidos entrarem oficialmente e operacionalmente na guerra para apoiar os sionistas (Israel), o Irão tem o direito legítimo de pressionar os Estados Unidos e os países ocidentais a perturbar a facilidade de trânsito do seu comércio de petróleo”, disse Yazdikhah.
Recorde-se que o estreito de Ormuz éa única rota marítima de saída do Golfo Pérsico para a maioria dos exportadores de petróleo da região. Apenas a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos possuem oleodutos que podem contornar parcialmente o estreito, mas, mesmo assim, esses conseguiria escoar apenas uma fração do total exportado. O Irão nunca fechou totalmente o Estreito de Ormuz, mas já houve momentos críticos ao longo da História. Na década de 1980 durante o conflito Irão – Iraque, ambos os lados atacaram petroleiros que transitavam pelo Estreito, provocando escoltas navais dos EUA e confrontos diretos. Em 2008, lanchas iranianas e navios de guerra dos EUA estiveram envolvidos em encontros tensos, mas o conflito mais recente foi em abril de 2024, em que horas antes de lançar um ataque de drones e mísseis contra Israel, a Guarda Revolucionária Islâmica do Irão apreendeu um navio de mercadoria ligado a Israel.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, vai realizar esta noite uma reunião de segurança, adianta a estação de televisão Al Jazeera, que cita os media israelitas.
A reunião irá realizar-se após um ataque iraniano que atingiu esta quinta-feira, 19 de junho, um hospital no sul de Israel. Pelo menos 40 pessoas ficaram feridas, indicou o diretor da unidade hospital, dando conta de "danos extensos" provocados pelo ataque iraniano.
"No final desta operação, não haverá ameaça nuclear para Israel, nem ameaça de mísseis balísticos", garantiu esta quinta-feira o primeiro-ministro israelita.
Junto ao Hospital Soroka, no sul do país, que foi atingido esta manhã por um ataque iraniano, Benjamin Netanyahu, citado pela BBC, assegurou que a ofensiva levada a cabo desde a madrugada de 13 de junho prejudicou "muito fortemente" o programa nuclear iraniano.
Questionado sobre se o líder supremo do Irão, Ali Khamenei, é um alvo, Netanyahu respondeu que "ninguém está imune".
As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla inglesa) informaram que o Irão terá lançado pelo menos 10 mísseis contra o norte do país.
De acordo com o serviço de emergência israelita, Magen David Adom, não há, até ao momento, registo de feridos, vítimas mortais ou danos significativos, segundo os media de Israel.
"A Força Aérea está a trabalhar para intercetar e atacar sempre que necessário para eliminar a ameaça", disse a IDF numa mensagem divulgada nas redes sociais.
Subiu para 71 o número de feridos no ataque iraniano que atingiu esta quinta-feira o hospital Soroka, no sul de Israel. A informação foi dada pelo Ministério da Saúde israelita, dando conta que, no total, 271 pessoas ficaram feridas na sequência dos ataques que ocorreram esta manhã.
"A maioria dos feridos ligeiros foi ferida no caminho para a área protegida ou sofreu ataques de pânico", informou o Ministério da Saúde de Israel.
O ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano disse esta quinta-feira que o ataque desta manhã visava uma sede da inteligência israelita e não o hospital Soroka, no sul de Israel, missiva condenada por Israel e Cruz Vermelha.
“Hoje cedo, as nossas poderosas Forças Armadas eliminaram com precisão um quartel-general do Comando Militar, Controlo e Inteligência israelita e outro alvo vital”, disse o ministro Abbas Araqchi, numa mensagem na sua conta X.
De acordo com o governante, “a onda de explosão causou danos superficiais numa pequena secção do Hospital Militar Soroka, que foi evacuada em grande parte”.
O jornal israelita The Times of Israel referiu hoje que a base militar mais próxima de Soroka fica a cerca de dois quilómetros de distância, mas o ministro iraniano publicou um mapa onde se pode ler que o centro médico está separado de um “campus de inteligência” do exército israelita por uma rua.
O Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV) apelou ao “respeito” e à “proteção” dos hospitais.
“Os feridos e os doentes, o pessoal médico e os hospitais devem ser respeitados e protegidos”, declarou o CICV, apelando ao respeito do direito internacional no sétimo dia da guerra entre Israel e o Irão.
Por seu lado, o ministro israelita dos Negócios Estrangeiros, Gideon Saar, acusou o Irão de atacar “deliberadamente” civis, qualificando de “crime de guerra” o bombardeamento ao hospital.
Durante uma visita ao hospital Soroka, na cidade de Bersheba, no sul do país, Saar disse aos jornalistas que o Irão mantém uma estratégia sistemática de atacar civis, incluindo crianças e idosos, e afirmou que o bombardeamento do edifício de cirurgia “onde estão a ser salvas vidas” reflete esta tática.
“Trata-se claramente de um crime de guerra, mas reflete a estratégia em curso do regime iraniano (...) É inaceitável”, afirmou, sublinhando que numerosos ministros de todo o mundo condenaram este ato.
Lusa
A Organização Mundial de Saúde (OMS) condenou esta quinta-feira o ataque iraniano desta manhã que atingiu o hospital Soroka, no sul de Israel.
"A escalada das hostilidades entre Israel e Irão está a pôr em perigo as instalações de saúde e o acesso a cuidados de saúde. Os relatos sobre os ataques à saúde até à data são alarmantes", disse Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, numa mensagem publicada nas redes sociais.
Pelo menos 71 pessoas ficaram feridas neste ataque, indicaram as autoridades israelitas. A OMS indicou que alguns feridos estão em estado grave. "250 pacientes foram evacuados para outras instalações de saúde" e há "danos nas instalações, deixando-as apenas parcialmente funcionais", lamentou o responsável da agência da ONU.
Tedros Adhanom Ghebreyesus deu ainda conta que, na sequência de um ataque aéreo a Teerão, há três dias, três profissionais de saúde foram mortos enquanto socorriam feridos. "No mesmo dia, um hospital em Kermanshah foi afetado por uma explosão próxima, causando danos na unidade de cuidados intensivos. Como resultado, cerca de 15 funcionários e pacientes ficaram feridos", lamentou.
"Apelamos a todas as partes para que protejam permanentemente as instalações de saúde, o pessoal de saúde e os doentes".
The escalation of hostilities between #Israel and #Iran is putting health facilities and access to health care at risk. The reports on the attacks on health so far are appalling.
— Tedros Adhanom Ghebreyesus (@DrTedros) June 19, 2025
This morning's attack on Soroka Medical Center in Israel -- the only major hospital in the south --… pic.twitter.com/nNJsVQ2Jxf
A informação está a ser avançada pela Reuters, que dá conta de conversações entre Steve Witkoff, enviado especial dos EUA, e Abbas Araqchi, o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano.
De acordo com a agência de notícias, que cita três fontes diplomáticas, Witkoff e Araqhi falaram por telefone várias vezes desde o agravamento das hostilidades entre Israel e Irão, desencadeadas pela ofensiva militar israelita de 13 de junho.
O objetivo das conversações terá sido encontrar uma solução diplomática para o conflito.
As fontes diplomáticas disseram à Reuters que, nas conversações, foi referida uma proposta que os EUA apresentaram ao Irão no final de maio sobre a criação de um consórcio regional que enriqueceria urânio fora da República Islâmica, algo que Teerão tem recusado.
O presidente dos EUA irá ser informado esta quinta-feira sobre os últimos desenvolvimentos no conflito entre Israel e Irão numa reunião na sala de crise da Casa Branca.
Donald Trump vai reunir-se com a sua equipa de segurança nacional numa altura em que aumentam de intensidade os ataques e as ameaças entre Irão e Israel.
Já terão chegado à Casa Branca o vice-presidente JD Vance, o secretário da Defesa, Pete Hegseth, o diretor da CIA, John Ratcliffe, e o enviado especial Steve Witkoff, segundo a CNN Internacional.
O conflito com o Irão já fez mais de cinco mil desalojados em Israel, segundo o governo de Benjamin Netanyahu.
De acordo com o Ministério do Interior, citado pelo jornal Yedioth Ahronoth, um total de 5.110 pessoas tiveram que abandonar as suas casas, incluindo 907 residentes na capital, Telavive.
Donald Trump, considera que é fundamental desativar a central nuclear iraniana de Fordo, de acordo com uma notícia avançada pela estação de televisão norte-americana CBS News, que cita as suas fontes para revelar ainda que o presidente dos EUA foi informado dos riscos e benefícios de bombardear aquelas instalações.
"O presidente acredita que não há muita escolha", disse uma fonte à CBS, sublinhando que "terminar o trabalho significa destruir Fordo".
Trump está a avaliar a eventual entrada do EUA no conflito, tendo dito ontem que ainda não tinha tomado uma decisão definitiva.
A estação de televisão norte-americana NBC News revelou que apenas intercetados 65% dos mísseis lançados pelo Irão contra Israel nas últimas 24 horas.
A estação citou um ex-oficial das secretas israelitas que recebe briefings diários do governo, que esclareceu tratar-se de uma queda de quase 90% em relação à performance do famosa Cúpula de Ferro, sistema de defesa israelita, no dia anterior.
"O Irão ainda tem mísseis muito avançados e está a usá-los", disse a mesma fonte à NBC News.
Israel vai fazer desaparecer a ameaça das armas nucleares e dos mísseis iranianos, disse hoje o primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu, avançando que o país destruiu “mais de metade” dos lançadores de mísseis do Irão.
“O nosso objetivo é duplo: mísseis nucleares e balísticos. Vamos fazê-los desaparecer. Estamos na fase final da eliminação desta ameaça", afirmou numa conferência de imprensa realizada no hospital Soroka, no sul de Israel, que foi hoje atingido por um míssil iraniano.
O primeiro-ministro israelita disse também que Israel está “determinada em destruir a ameaça nuclear” iraniana.
Segundo Benjamin Netanyahu, Israel já destruiu "mais de metade" dos lançadores de mísseis iranianos desde o início da guerra a 13 de junho.
Questionado sobre o número de mísseis iranianos destruídos pelos ataques israelitas em sete dias de guerra, o primeiro-ministro israelita disse que o que lhe interessa não é tanto o número de mísseis, mas sim o número de lançadores, sustentando que a este respeito foram "mais de metade".
Netanyahu afirmou igualmente que o Irão “quer destruir até ao último” membro da população israelita.
“Estamos a atacar alvos nucleares e de mísseis, e eles estão a atacar um hospital, onde as pessoas nem sequer se podem levantar e fugir”, acrescentou.
Lusa
O avião que transporta os cidadãos portugueses que pediram o respetivo repatriamento de Israel, na sequência do conflito com o Irão, aterrou às 19h45 no aeródromo de Figo Maduro, em Lisboa.
Esta operação de repatriamento foi coordenada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros, e no aeródromo de Figo Maduro está presente o secretário de Estado das Comunidades, Emídio Sousa.
Os portugueses que voaram de Israel para Portugal, num avião da TAP que tinha chegada prevista para as 18h00, serão transportados para o aeroporto de Lisboa, onde os familiares os aguardam.
O Governo português anunciou esta semana o encerramento temporário da embaixada em Teerão, a par da continuação das operações de repatriamento no Médio Oriente.
Lusa
A Casa Branca afirmou hoje que o Irão tem capacidade para montar uma bomba nuclear em "quinze dias" se o líder supremo, Ayatollah Ali Khamenei, der a ordem.
"Vamos ser muito claros: o Irão tem tudo o que precisa para construir uma arma nuclear. Tudo o que precisam é de uma decisão do líder supremo para o fazer, e demorariam quinze dias a completar a produção desta arma, que representaria uma ameaça existencial não só para Israel, mas também para os Estados Unidos e para o mundo inteiro", disse a porta-voz do executivo americano, Karoline Leavitt, em conferência de imprensa.
Lusa