A Praça da República, em Paris, está a ser palco de confrontos entre populares e polícia em mais uma manifestação contra a reforma das pensões, que prevê aumentar a idade mínima de reforma em dois anos.
Agentes já foram obrigados a usar gás lacrimogéneo. Manifestantes vão cantando "todo o mundo odeia a polícia".
A Praça da República, em Paris, está a ser palco de confrontos entre populares e polícia em mais uma manifestação contra a reforma das pensões, que prevê aumentar a idade mínima de reforma em dois anos.
Segundo o Le Parisien, os agentes já foram obrigados a usar gás lacrimogéneo. Paralelamente, os manifestantes vão cantando "todo o mundo odeia a polícia".
De acordo com fonte policial, os organizadores já abandonaram o local da manifestação, mas um grupo de indivíduos lançou projéteis na direção dos bombeiros. Contudo, uma testemunha no local diz que os manifestantes apenas bloquearam o camião.
A reforma das pensões, que prevê aumentar a idade mínima de reforma para os 64 anos, é o principal motivo dos protestos sendo também uma das bandeiras do mandato de Macron, reeleito em abril passado.
Como o presidente não tem maioria absoluta na Câmara Baixa optou por aprovar a reforma sem votação no parlamento, o que permitiu à oposição apresentar duas moções de censura. No entanto, as moções foram rejeitadas esta segunda-feira, o que significa que a reforma passou a ser considerada como estando aprovada.
Plusieurs milliers de personnes rassemblées à République contre la réforme des retraites et le 49-3. Ambiance plutôt bon enfant ?ref_src=twsrc%5Etfw">March 21, 2023
Após a rejeição das moções de censura, dezenas de pessoas reuniram-se numa praça turística parisiense, junto ao mausoléu de Napoleão, onde realizaram pequenos comícios em que se queimaram caixotes de lixo e lixo acumulado.
Este é o quinto dia consecutivo de tumultos em várias cidades, depois de o executivo ter decidido na quinta-feira passada aprovar a reforma das pensões sem uma votação parlamentar.
Enquanto vários setores, desde os transportes, à educação ou à recolha de lixo, estão em greve há vários dias e assim planeiam continuar, os sindicatos apelaram a um nono dia de manifestações na quinta-feira.