A noiva de Beirute: "Pensei: vais morrer!" mas agora "só quero segurança"
Naquele momento em que a explosão a apanha de surpresa a poucos minutos do que devia ser o momento mais feliz daa sua vida, Israa Seblani só teve um pensamento: "Só pendei uma coisa: Agora vou morrer". Numa entrevista ao The New York Times dias depois da explosão que destruiu Beirute, matou mais de 200 pessoas, feriu 6500 e deixou 300 mil desalojados, a médica libanesa grantia: "Naquele momento em que estava a tirar fotografias a vida parecia tão normal".
Agora, passado um ano, explica à CNN que "ainda lembro dos maus momentos". Mesmo se "não gostamos de repensr naquele momento, especialmente eu".
De volta à praça onde estava a ser filmada, Seblani e o marido contam como aind hoje não têm uma única fotografia do dia do casamento em casa.
"Aquele dia por que eu esperei tanto tempo afeta-me de duas formas", diz a médica, emocionada, "por um lado não posso ficar feliz, por outro foio dia do meu casamento e devia estar feliz, mas foi um desastre para o povo libanês".
Para Sbeih também, o di do casamento é de sentimentos contraditórios. "O que aconteceu no Líbano nos último ano, da crise económica, a explosão, o confinamento e agora a crise da moeda, tudo afeta quem vive no Líbano".
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Quanto ao futuro, o casal planeia viajar. Mas para já estão no Líbano até encontrarem "um bom sítio e viver lá", explica a médica. E acrescenta "Só queremos segurança".
Três semanas antes, Seblani voara para Beirute a partir dos EUA, onde está a completar o internato em Endocrinologia num hospital de Detroit. E só tinha um objetivo, começar uma nova vida com o noivo, Ahmad Sbeih.
"Numa questão de segundos, o céu passou do azul ao rosa e encheu-se de fumo", recordou Seblani. ao The New York Times.
O que o casal não saabia era que ao fumo estava a consumir um armazém no porto de Beirute onde estavam guardadas há seis anos 2750 toneladas de nitrato de amónio, um químico altamente explosivo, usado para adubo. Rapidamente o fogo provocou uma enorme explosão que derrubou Seblani.
"Demorou um segundo entre ouvir a explosão e ela me derrubar", contou agora. "Tudo o quie tínhamos planeado estava feito em pó e vidros partidos e achei que íamos morrer".
Felizmente tanto Seblani como o noivo estavam bem, conduziram até à sua casa na capital libanesa, mas tinham uma decisão par tomar. O casamento já tinha sido adiado durnte três anos, enquanto Sbeih aguardava o visto que lhe permitiria juntar-se à noiva nos EUA. Talvez por isso a opção foi realizar a cerimóni em casa, só com a família.