Uma nódoa negra intermitente na mão de Donald Trump, e o que aparenta ser uma tentativa de a disfarçar com maquilhagem, está a captar a atenção do público e a gerar críticas por parte de especialistas e figuras públicas. A marca, um hematoma de tom púrpura que tem sido observado em ambas as mãos desde a primavera de 2024, mas especialmente na direita, tornou-se mais regular este verão, suscitando um debate que abrange a saúde, a imagem e a gestão da aparência do presidente norte-americano.A controvérsia intensificou-se com a análise, este sábado 13 de setembro, em declarações ao jornal The Washington Post, de Brandi Boulet, uma maquilhadora profissional que estudou a pele do atual presidente dos EUA para a transformação do ator Sebastian Stan em Trump no filme The Apprentice. Boulet criticou a aparente cobertura do hematoma, visível em eventos como uma reunião a 3 de setembro com o presidente polaco, descrevendo-a como um tom bege pálido que não corresponde à cor da pele do inquilino da Casa Branca. "Parece que alguém simplesmente esborratou alguma base por cima", disse a profissional, mostrando-se surpreendida por alguém na posição de Donald Trump não ter acesso a um profissional que conseguisse cobrir eficazmente a marca.Segundo Boulet, a técnica correta para ocultar um hematoma púrpura passaria por usar a teoria das cores, aplicando um tom amarelo para neutralizar o roxo, seguido de uma camada da cor da pele e de outras tonalidades para recriar a textura natural. "A pele não tem apenas uma cor", lembrou a especialista.. O tema tornou-se por várias vezes alvo de comentários por parte de críticos e comediantes. A congressista Jasmine Crockett afirmou que "a mão de Donald Trump parece que está prestes a cair", e o apresentador Jimmy Kimmel descreveu a tentativa de disfarce como "ainda mais desleixada que a do [caso] Epstein". As especulações chegaram ao ponto de teóricos da conspiração na internet usarem imagens da mão como "prova" de que o presidente estaria morto durante uma breve ausência de aparições públicas no final de agosto, o que levou Trump a declarar na sua rede social: "NUNCA ME SENTI MELHOR NA MINHA VIDA". .Confrontada com os mais recentes desenvolvimentos, a Casa Branca remeteu para uma declaração de julho do médico presidencial, Sean Barbabella. Na altura, o médico descreveu os "pequenos hematomas" como sendo "consistentes com uma ligeira irritação dos tecidos moles devido aos frequentes apertos de mão e ao uso de aspirina", considerando-os um "efeito secundário benigno e bem conhecido" do medicamento.O próprio Trump abordou o estado da sua mão de forma indireta. Numa aparição no programa "Fox & Friends", após cumprimentar polícias de Nova Iorque, comentou sobre a força deles. "Eles rebentaram-me a mão toda", disse o presidente. "A minha mão parece um guerreiro ferido".Apesar da explicação, a aparência da mão de Trump continua a variar. Numa fotografia tirada num jogo dos New York Yankees na quinta-feira, os tons de pele na sua mão direita pareciam novamente descoordenados, mantendo vivo um debate que se situa no cruzamento de três dos tópicos mais comentados sobre o presidente: a sua pele, as suas mãos e a sua saúde.