Chefe de Estado-Maior da Armada já comunicou ao Governo que não quer ser reconduzido.
Chefe de Estado-Maior da Armada já comunicou ao Governo que não quer ser reconduzido.FOTO: PAULO SPRANGER/Global Imagens

Gouveia e Melo informou que deixa o cargo. Ministro da Defesa não abre o jogo: "Nada a declarar"

Almirante informou Governo de que não quer ser reconduzido. SIC adiantou que Gouveia e Melo deverá anunciar candidatura a Belém em março. Ministro da Defesa não revela o que lhe foi transmitido pelo Chefe de Estado-Maior da Armada.
Publicado a
Atualizado a

Está desfeito o último nó que poderia impedir uma candidatura do almirante Gouveia e Melo às Eleições Presidenciais do próximo ano. De acordo com a SIC, o militar terá informado o ministro da Defesa, Nuno Melo, da sua indisponibilidade para permanecer no cargo de Chefe de Estado-Maior da Armada. Ainda segundo aquela estação de televisão, Gouveia e Melo, deve passar à reserva em  finais de março, devendo nessa altura “apresentar a candidatura a Belém”. 

Contactado pelo DN sobre uma possível candidatura a Belém, fonte próxima de Gouveia e Melo não confirmou. “Essa decisão ainda não está tomada pelo almirante. Será tomada a seu tempo e de acordo com o contexto do país”, garantiu a fonte.

Também a sequência de um contacto do DN, Nuno Melo não quis abrir o jogo sobre a informação que lhe foi prestada pelo Chefe de Estado-Maior da Armada. "Nada a declarar", limitou-se a dizer.

Já o próprio, quando questionado pelo DN sobre a sua saída do atual cargo, disse não querer falar sobre o assunto e remeteu explicações sobre o mesmo para o Governo. O Observador escreveu ontem que Nuno Melo já terá informado o primeiro-ministro, Luís Montenegro.

Porém, de acordo com informações que o DN recolheu junto a fontes próximas de Gouveia e Melo e de Nuno Melo, o CEMA já tinha informado a tutela sobre “a inclinação da sua decisão há várias semanas”. O estatuto da Armada permite que Gouveia e Melo possa continuar no ativo, ao serviço da Marinha, mas noutras funções, durante ainda quatro meses.

"É possível que o Governo o convide para uma missão especial", admitiu uma dessas fontes. A SIC adianta, por seu lado, que Gouveia e Melo vai trabalhar num gabinete da Marinha, sem especificar.

Além disso, o DN sabe que o almirante tem cerca de 100 dias de férias ainda por gozar, mas informou o Governo de que está disposto a prescindir do seu pagamento, utilizando esses dias no referido período. 

O fim da comissão de serviço é a 27 dezembro e é da responsabilidade do Governo informar um mês antes se Gouveia e Melo é, ou não, reconduzido.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt