Morreu dono dos chocolates Ferrero Rocher
A morte de Michele Ferrero deverá a acelerar o debate sobre quem será o novo líder do grupo e que alianças familiares podem surgir com a disputa. O grupo controlado pela família Ferrero mantém-se a crescer, apesar da recessão que a Itália vive. A mais longa desde a II Guerra Mundial. O grupo é visto por analistas e banqueiros como a mais valiosa empresa privada da Itália.
No final de 2013, Giovanni Ferrero, presidente-executivo do grupo Ferrero e filho de Michele Ferrero, negou os rumores de que a empresa italiana tinha sido abordada pela concorrente suíça Nestlé e disse que o grupo não estava à venda.
Homem de poucas palavras e que fugia da publicidade, Michele Ferrero transformou uma fábrica de chocolate à base de Piedmont num gigante global. Era conhecido por gerir a empresa com mão de ferro, mas também era amado pela população local pela sua generosidade e pelos funcionários pelas condições de trabalho da empresa.
Ferrero deslocava-se diariamente de helicóptero da sua casa em Monte Carlo para a sede da empresa, na cidade de Alba (Itália) para provar e ajudar a criar novos produtos. Deixou de o fazer há alguns anos. A revista Forbes descreveu-o como "o Candyman mais rico do planeta", colocando-o e à família em 30º lugar na sua lista das pessoas mais ricas do mundo, com um património líquido de 20 milhões de euros.