A frota verde do futuro

As grandes empresas podem ser as pioneiras do futuro que se ambiciona verde. Menos emissões e menos custos. A frota inteligente do futuro é verde.
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As maiores empresas de distribuição mundial já assinaram acordos e comprometem-se em breve a tornar a sua frota maioritariamente verde. Isto é, distribuição com zero emissões.

Este movimento pode ser o impulsionador que faltava para a total adoção dos carros elétricos também entre particulares. É verdade que os preços dos carros elétricos, ainda há poucos anos incomportáveis para grande parte da população, estão a baixar de ano para ano. Mas, fora isso, falta muita coisa. Com as grandes empresas a rumar rumo ao verde, a restante sociedade terá de as acompanhar com a renovação das infraestruturas, mais postos de carregamento e, na iniciativa privada, melhores baterias e modos de carregamento mais rápidos.

Mas qual o motivo para as grandes empresas fazerem essa transição? A crise ambiental é um deles (e as previstas sanções para emissões de CO2), mas há muitos outros.

Custos e produtividade otimizados

Ao fazer a transição para veículos elétricos as grandes empresas conseguem reduzir diretamente custos com combustível. Deixam também de ficar com os seus custos dependentes do preço do petróleo - sendo o modelo elétrico bem mais controlado e previsível. Para além disso, neste momento há mundialmente (onde Portugal se inclui) diversos programas vantajosos para fazer esta transição - que normalmente se traduzem numa redução de impostos.

Também de custos de manutenção se faz a poupança. Tendo menos partes mecânicas o custo de manutenção de frotas elétricas é menor. Em cima disto, a tecnologia aplicada na maioria destes carros permite mais dados sobre o seu funcionamento e manutenção, prevendo com antecedência os momentos de manutenção. Menos frotas paradas significa menos prejuízo.

Outras evoluções para frotas mais duradouras

Mas nem só de tecnologia e motores elétricos se faz a evolução. Os restantes componentes dos carros terão tendência a ser mais duráveis, reduzindo assim o desperdício e os custos. Esta evolução é já hoje uma realidade, por exemplo, com pneus. No seu último lançamento, a Michelin renovou as gamas Primacy e All Season. Estes são pneus de baixo atrito - o chamado pneu verde. Com a introdução de sílica na composição da borracha, o atrito com a estrada é reduzido, o que se traduz numa poupança de combustível e num corte das emissões de CO2. Para além de se manterem com excelente aderência e travagem, neste lançamento a Michelin anunciou que a vida útil dos pneus mais de 20% face ao modelo anterior. E a segurança de travagem mantém-se durante todo o período. Mais quilómetros traduzem-se em menos custos, mais segurança são frotas menos paradas.

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