CDS/PP vai solicitar audição de Pina Moura no caso EDP/Iberdrola

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O ministro da Economia, Manuel Pinho, escreveu esta semana a João Cravinho, o presidente da Comissão de Assuntos Económicos, a pedir para o tema EDP ser incluindo na agenda de trabalhos da próxima reunião, a decorrer terça-feira . Mas o CDS/PP não pretende só ouvir explicações do Governo e prepara-se para solicitar a audição parlamentar do deputado do PS, Pina Moura, como representante da eléctrica espanhola Iberdrola, sobre a possível entrada desta nos órgãos sociais da empresa portuguesa de electricidade.

A polémica continua em torno da presença da Iberdrola, concorrente da EDP, no conselho superior da companhia portuguesa, no âmbito de um novo modelo de governação a criar em breve e já consensualizado entre accionistas privados e públicos.

Numa declaração no Parlamento, o deputado do CDS/PP António Pires de Lima voltou ainda a exigir explicações ao ministro da Economia. Já depois de João Cravinho ter explicado que Manuel Pinho falará aos deputados sobre o novo modelo de gestão da EDP e sobre o acordo accionista na Galp na Comissão Parlamentar de Economia.

Pires de Lima sugeriu que o Governo pretende favorecer a empresa espanhola. E acusou José Sócrates de ter "uma compulsiva inclinação para interferir na vida das empresas com alguma ou muita dependência pública, instrumentalizando as mesmas para seu aproveitamento político ou de companheiros partidários".

O que a Iberdrola, liderada em Portugal pelo agora deputado socialista Pina Moura, tem a ganhar com esta situação é óbvio para todos", sublinhou o responsável do CDS/PP, adiantando que "o objectivo último desta iniciativa, facilitada pelo Governo português, tem como propósito a absorção da empresa portuguesa pela sua concorrente espanhola".

Depois de o presidente da República, Jorge Sampaio, ter colocado, esta semana, algumas questões ao ministro da Economia sobre o assunto, as críticas à presença da Iberdrola nos órgãos sociais da EDP foram muitas, embora o Governo garanta que a EDP não corre riscos de passar para mãos espanholas. Fontes do sector energético admitem que ou o modelo de governação avança muito rapidamente ou corre riscos de ficar na gaveta.

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