Ministro chamado à AR para explicar ligação Norte/Galiza
Depois de esta manhã viajar de comboio entre Vigo e o Porto, Manuel Pizarro afirmou aos jornalistas, na estação de Campanhã, ser "imprescindível" esta ligação entre o Norte e a Galiza e adiantou que os deputados do PS vão requerer a presença do ministro na Assembleia da República.
"Tem que haver uma posição clara do Governo sobre qual vai ser a solução ferroviária para ligar o Norte e a Galiza", disse, considerando que, "apesar das más condições em que está a operar a linha do Minho, não há nenhuma justificação para os sucessivos anúncios da CP de que a vai suprimir".
O socialista criticou o "absoluto silêncio" do ministro da Economia sobre esta ligação ferroviária, lamentando que Álvaro Santos Pereira nunca tenha referido este trajecto quando fala das ligações a Espanha.
"É absolutamente essencial que clarifique qual é a sua posição", sublinhou Pizarro, considerando que a ligação Norte/Vigo "é já hoje muito importante mas pode vir a ser no futuro muitíssimo mais", no âmbito da "promoção de toda a economia da região, do aeroporto Francisco Sá Carneiro e para o desenvolvimento "ainda maior" do porto de Leixões.
O deputado, lembrando que a distribuição de verbas do QREN entrou já em fase final, garantiu que o PS "não aceita que a região do Porto e do Norte sejam relegados das prioridades nacionais em matéria de ligações ferroviárias internacionais".
Para Pizarro, as condições de exploração comercial desta linha são muito prejudicadas pelo facto dela não estar em boas condições.
Para percorrer os cerca de 120 quilómetros entre Vigo e Porto, os socialistas do Porto demoraram "cerca 03.20", frisou.
Manuel Pizarro disse ainda que o PS "acompanha as preocupações da Junta metropolitana do Porto", que na reunião de sexta-feira decidiu pedir uma reunião ao ministro da Economia para debater temas como TGV, ligação à Galiza, bem como Matro do Porto e Scut.
A CP argumentou o fim desta ligação com o facto de ter uma média de 11 passageiros por viagem, dando um prejuízo de 232 mil euros por ano.