A Câmara Municipal de Lisboa termina esta segunda-feira a instalação de mais 30 câmaras de videovigilância, desta vez no Cais do Sodré, que passa assim a ser vigiado. Esta zona faz parte da primeira fase de instalação de câmaras, que irá colocará ainda 32 destes equipamentos no Campo das Cebolas, 17 nos Restauradores e 20 na Ribeira das Naus.Ainda assim, esta instalação acontece com cerca de um mês de atraso, uma vez que o vice-presidente Filipe Anacoreta Correia (CDS-PP) avançou, em dezembro, na Assembleia Municipal, que a intenção do executivo camarário era que as câmaras chegassem ao Cais do Sodré e ao Campo das Cebolas ainda no passado mês de janeiro..Mais videovigilância em Lisboa? Governo sem “nenhum” pedido novo.Ao DN, Carlos Moedas, autarca da cidade, refere que o Cais do Sodré “é um local fundamental” para colocar videovigilância, onde há a necessidade de “reforçar todos os mecanismos de segurança” naquela zona, onde, diariamente, “circulam milhares de pessoas” e tem, além disso, “uma enorme pressão de diversão noturna”. Segundo o autarca, terminar a instalação da videovigilância nesta zona tem sido “a grande prioridade”. De acordo com o autarca, “a videovigilância é hoje um sistema importante e fundamental em cidades de todo o mundo” e Lisboa não é exceção. Estes sistemas, diz, permitem reforçar “a segurança de pessoas e bens e auxiliar as forças da autoridade”. O balanço é, então, “positivo”. Enquanto “meio preventivo”, diz Moedas, “permite um rápido diagnóstico e o acompanhamento remoto”, que complementa “o serviço prestado pela presença física das autoridades”. A análise e a gestão das imagens é da competência da PSP, diz a câmara municipal.Para toda a cidade, a autarquia tem prevista a instalação de 242 câmaras de videovigilância (ver caixa), num investimento estimado de, aproximadamente, 5,3 milhões de euros (ou seja, cada aparelho custa cerca de 21.900 euros). Isto a juntar às que já estão a funcionar no Bairro Alto e no Miradouro de Santa Catarina.Tal como o DN já noticiou, a implementação dos sistemas de videovigilância não é exclusiva da câmara municipal, sendo a escolha dos locais da competência da Polícia de Segurança Pública (PSP). Isto não significa, contudo, que a decisão seja só da força de segurança. Ou seja, “a todo o momento” a autarquia pode “avaliar novas prioridades e alterações” com a PSP, caso a força de segurança as considere “importantes na cidade”. O processo, diz Moedas, tem “de ser dinâmico e de análise permanente”. Significa isto que, por exemplo, a Rua do Benformoso e o Martim Moniz (que têm estado sob os holofotes após desacatos e operações policiais no local) e que, como noticiou o DN há cerca de um mês, não estavam nos planos iniciais? Moedas não fecha a porta. “A autarquia estará disponível para que sejam identificados novos locais de acordo com as avaliações e solicitações das autoridades policiais”, admite Carlos Moedas, que acrescenta ainda ser “fundamental agilizar estes processos”, que não devem ser “transformados num verdadeiro calvário de burocracia e pareceres até que se consigam finalmente implementar” na cidade.Carlos Moedas tinha prevista para esta segunda-feira uma visita ao local, mas foi cancelada..O ponto de situação da videovigilância em LisboaJá instaladas: Bairro Alto (26 câmaras) e Miradouro de Santa Catarina (7 câmaras)1.ª fase (total de 99 câmaras já com instalação e procedimentos em curso): Cais do Sodré (30), Campo Cebolas (32), Restauradores (17), Ribeira Naus (20)2.ª fase (11 locais, 110 câmaras a instalar): Praça do Comércio, Cais das Colunas, Praça D. Pedro IV, Praça da Figueira, Rua Augusta, Rua do Ouro, Rua da Prata, Rua do Comércio, Rua dos Fanqueiros, Santa Apolónia/Rua dos Caminhos de Ferro e Santa Apolónia/Avenida Infante Santo