As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) vão continuar em cinco locais estratégicos no sul do Líbano, apesar de esta terça-feira terminar o prazo para a retirada total previsto no acordo de cessar-fogo com o Hezbollah. Cada um destes postos avançados será controlado por uma companhia (entre 100 e 150 soldados), segundo o The Jerusalem Post, que diz que no lado israelita da fronteira haverá três vezes mais militares do que antes da guerra. A decisão de manter os postos militares no sul do Líbano - criticada tanto pelo governo como pelo grupo xiita libanês - surge após o primeiro prazo de retirada já ter sido adiado por três semanas, sob o argumento de que o exército libanês não tem capacidade para controlar esta região. “Tememos que uma retirada completa não seja alcançada amanhã”, disse o presidente do Líbano, Joseph Aoun.O argumento agora é “continuar a defender os nossos residentes e garantir que não existe ameaça imediata”, indicou o porta-voz internacional das IDF, o tenente-coronel Nadav Shoshani. Os cinco locais ficam em posições estratégicas ou frente a comunidades no norte de Israel. Explicou ainda que a “medida temporária” foi aprovada pelo organismos que monitoriza o cessar-fogo (que é liderado pelos EUA) e que os israelitas continuam empenhados em fazer a retirada “da forma correta, de forma gradual e de forma a que a segurança dos nossos civis seja mantida”. No domingo, o líder do Hezbollah, Naim Qassem, defendeu que as IDF tinham que sair do sul do Líbano até esta terça-feira, considerando que “não há desculpa” para não o fazerem. E deixou uma ameaça no ar: “Toda a gente sabe como se deve lidar com uma força de ocupação.” S.S.