A arena

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Durante séculos o combate militar desenvolveu-se num campo de batalha. Neste século em que o mais comum é tentar perceber a evolução do que chamamos globalismo, é o globo que se transformou numa arena, tendo apenas por certo que tudo nasceu de intervenção humana.

A primeira das ameaças, na arena global, é a evidente necessidade de medir a falência crescente das instituições que nasceram presididas pela Utopia da ONU, cujos textos se apoiaram em dois pressupostos éticos, não escritos, de justiça natural: "um mundo único", isto é, sem guerras, e "a terra casa comum dos homens". Consequências materiais, no sentido do armamento militar em crescimento, violador, por exemplo, dos acordos de limitação do poder atómico, multiplicaram as oportunidades de uma simples leviandade desencadear uma cascata atómica que destrua o globo.

Aquilo a que o presidente dos EUA assumiu a liberdade de chamar diálogo diplomático ameaça com tal leviandade, independentemente das ambições políticas, o ambiente, multiplica as debilidades, entre as quais, no que respeita a Portugal, se incluem os oceanos quando a conferência de Madrid, COP25, concluiu que "mais de 700 áreas marítimas estão privadas de oxigénio". O levantamento das populações pela voz de uma criança, o tédio dos eleitorados, e a agonia das lideranças espirituais, como a do Papa Francisco, que assumiu celebrar a Missa sobre o Mundo, que Chardin inaugurou, mostram que o imprevisto está à espera de uma oportunidade.

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