A cultura é a cola de um povo, é a sua identidade. Nos anos da pandemia, foi um dos setores que mais sofreu. Muitos atores, músicos, palhaços, técnicos de som e luz, entre outros, mudaram literalmente de profissão. Desde março de 2020, foram muitas as vezes em que ao entrarmos num táxi ou num Uber, ou similar, nos deparámos com histórias de reinvenção e reconversão profissional. Com criatividade e espírito lutador, muitos deram a volta à cena e não desistiram depois de ter caído o pano..Os agentes da cultura merecem admiração pelo que têm feito pela identidade do país. Obrigam-nos tantas vezes a que, mesmo na correria do dia a dia, não nos esqueçamos de quem somos, de onde viemos, e tentam antever para onde vamos. Com crítica mordaz e política, com humor e lágrimas, e até mesmo de bolsos vazios, abraçam-nos de esperança. . Hoje é Dia Mundial do Teatro e também é Dia Nacional dos Centros Históricos, outro símbolo de identidade de uma nação com quase 900 anos. São fatores como estes que nos diferenciam enquanto povo, mas também enquanto economia e destino turístico, eleito por tantos como o melhor. Pela quinta vez nos últimos seis anos, no final do ano passado Portugal foi mais uma vez considerado o Melhor Destino Turístico da Europa, na edição europeia dos World Travel Awards 2022. .Segundo os utilizadores do site European Best Destinations, que elegeram Braga, Porto, as praias de Cascais e do Algarve, a Madeira e os Açores como locais imperdíveis em 2021, Portugal distingue-se pela beleza natural, a gastronomia, uma história rica em tradição e, claro, as magníficas praias. Areais a perder de vista há mais, já a cultura e a História são únicas. Combinadas, conseguem preencher os requisitos dos visitantes mais exigentes e potenciam um turismo de excelência, com poder de compra e com mundo. É por aí o caminho. A cultura e a nossa História são, claramente, um passaporte para uma identidade reforçada, o crescimento de uma economia e um futuro melhor. .Diretora do Diário de Notícias