Após uma reunião na Voz do Operário com o então líder da CGTP, Carvalho da Silva, que falou de "vitórias obtidas de cabeça fria" e de Torres Couto, da UGT, dizer que havia uma moção a aprovar e uma manifestação a fazer, ocorreu uma manifestação inédita na Praça do Comércio que ficou conhecida como "Secos e Molhados"..Polícias, à paisana e fardados, manifestaram-se e foram dispersados pelo corpo de intervenção da mesma polícia com jatos de água, que "nunca tinham sido usados contra pessoas", e que "não poupou transeuntes que observavam pacificamente o desenrolar de um acontecimento inédito em Portugal", noticiava o DN a 22 de abril de 1989..A manifestação dos polícias serviu para exigir a liberdade sindical, uma folga semanal e transparência na justiça disciplinar com direito de defesa, melhores vencimentos e instalações. A delegação de dirigentes sindicais que se deslocou ao Ministério para entregar a moção abandonou o edifício sob prisão. O Comando-Geral da PSP, considerou que a intervenção foi contra "desordeiros".