Antes da visita a Portugal, o grão-duque Henrique disse ao jornal Contacto que o Luxemburgo "não seria o que é" sem a comunidade portuguesa. Podemos falar de um exemplo de integração?
Hoje, na realidade, já não falamos em integração, mas de viver em conjunto. Integração quer dizer que chegamos a qualquer parte e temos de nos integrar e o que nós queremos é que as pessoas sejam o que são e aprendam a viver em conjunto. Que as pessoas se tornem atores da sua própria integração, planifiquem o seu futuro juntas. E aí a nacionalidade não é importante. O que é importante é querer estar envolvido num clube de desporto, de música, numa associação, na política comunal... Penso que hoje é preciso parar de dizer :"Ele é português ou é luxemburguês." Podemos ser os dois. O coração pode estar em Portugal, mas também no Luxemburgo. Não se trata de escolher, é uma identidade que temos, uma riqueza que temos, é uma cultura que faz parte integral da do Luxemburgo. Podemos dizer que houve um sucesso na integração, mas prefiro falar do viver em conjunto. E ainda temos muito trabalho a fazer, nem tudo é perfeito.