Exclusivo As rodinhas do tempo
Da janela do escritório entreaberta sai o fumo das cigarrilhas que queimo enquanto escrevo e vão entrando os sons da rua onde moro. Motores e buzinas, frases que vêm e vão, crianças que cantam (algumas) e, lá para o meio da manhã, o som das rodinhas que sobem e descem negociando gravidades.
Há rodas lentas e outras céleres; as lentas são dos carrinhos de compras de senhoras e senhores antigos que regressam do Lidl ou do mercado, as rápidas são dos trolleys dos turistas que fazem do telemóvel bússola em busca do Airbnb.
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