Um dia depois de a Apollo 11 ter descolado de cabo Canaveral, nos Estados Unidos, o Diário de Notícias acompanhava o acontecimento com entusiasmo, não poupando nos adjetivos. Explicava que a Apolo 11 tinha partido para o espaço cumprindo o programa previsto. E anunciava: "O sonho começou ontem a realizar-se. No dia 21 o maior feito do século XX." Com as mensagens "da Apollo para a Terra" e da "Terra para a Apollo"..Na verdade, a Apollo 11 alunou no dia 20 de julho de 1969, mas foi no dia 21 que o astronauta Neil Armstrong pisou a superfície lunar..A 17 de julho, o DN avançava com possíveis implicações do contacto com a Lua, tranquilizando ser "quase impossível a contaminação com germes após o regresso à Terra". Ao contrário, se algum dos dois astronautas caísse e fraturasse uma perna, "seria muito difícil ao companheiro transportá-lo para bordo do módulo dado que o escafandro não os deixa dobrar"..O DN dá destaca a mais um texto do jornalista francês Raymond Cartier, intitulado : "Se toda a Lua fosse de diamante puro, não seria compensador trazê-la para a Terra." Com outra informação: "As mulheres americanas despendem dez vezes mais dinheiro em vestidos do que o Estado com a aventura espacial.".Enquanto toda aquela grandiosidade se desenvolvia perante os olhos do mundo, em Espanha, a Lua passou para segundo plano. É que "Franco convocou as cortes", noticia também o DN na primeira página.