A Expo em Bruxelas
47 países e o rei Balduíno aos comandos da cerimónia de inauguração. Na abertura da Exposição Universal de Bruxelas, o Diário de Notícias destacava o ano e meio de trabalho que havia sido necessário para a abertura de portas às 08.30 decorrer em ambiente de "alegria, satisfação e orgulho pela obra levada a cabo".
Já no dia da inauguração se destacava o que viria a ficar para a história como o elemento mais carismático da Expo - "As esferas do átomo cintilam" - mas a corte do rei acabaria mesmo por roubar as atenções à imprensa no local. Viajava de "automóvel negro, fechado", com acesso pela "porta real", na companhia do "irmão, príncipe de Liège", e vestido com um uniforme de tenente-general. Uma cerimónia que o povo aplaudiu "com louco entusiasmo" e a "gritar vivas". Uma reação perfeita para os organizadores, mas menos positiva para outros habitantes locais. "Um bando de pombos assustados com as fanfarras" teve mesmo de voar para longe, dizia o DN.