O DN publicou na primeira página da edição de 15 de novembro de 1945 uma longa entrevista com António Salazar, presidente do Conselho de Ministros, que começa com um retrato do que era o dia-a-dia do governante com um diálogo com o seu chefe de gabinete.."Tudo esquece depois de feito porque só interessa dizer o que não se faz" é o título da conversa em que Salazar fala da sua discordância sobre a formação de partidos, considerando que "o plano nacional e o plano de partido são entre nós inconciliáveis"..O chefe de governo diz que "para fazer a vontade à oposição é que seria necessário entrar em verdadeira ditadura", além de assumir que nunca duvidou "da honestidade de muitos políticos do passado"..Salazar traçava as linhas para Portugal, que passavam por "uma profunda reforma agrária e um vasto plano de colonização que radique ainda mais Portugal até aos confins do Império".