Os partidos não se entenderam e o Presidente Ramalho Eanes indigitou Nobre da Costa para formar governo. O engenheiro estava de férias no Algarve, mas iria reunir-se no dia 10 de agosto de 1978 com o Presidente da República, destaca o DN na primeira página..Nobre da Costa tinha acompanhado o general Eanes numa viagem ao Brasil, e foi este o nome que o Presidente tirou para formar o III Governo Constitucional, "um governo de apoio parlamentar sem coligação", assim o designou..É a manchete do DN desse dia, uma quinta-feira, que salientava a presença de Nobre da Costa em funções governativas depois do 25 de Abril. Foi secretário de Estado da Indústria Pesada no VI Governo Provisório e ministro da Indústria no I Governo Constitucional..O PS, PSD e UDP agendaram uma reunião para analisar a indigitação. O CDS congratulou-se com a escolha, enquanto o PCP e a CGTP mostraram-se bastante críticos..Nobre da Costa formou o governo em 19 dias - Ramalho Eanes pedira-lhe celeridade -, sucedendo a Mário Soares como primeiro-ministro, mas foi de pouca dura, como era apanágio da situação política da altura. Durou 86 dias, terminando na sequência de uma moção de rejeição do PS aprovada na Assembleia da república..Nobre da Costa morreu em 1996, aos 72 anos.