Foi há 43 anos, ou melhor, há 43 nos e um dia, a 3 de outubro de 1977, que o nome de Ana Bela Chaves ecoou pelo país como sendo uma das grandes intérpretes de viola cravo do país e do mundo. No dia anterior, a violetista portuguesa conquistara o 1.º prémio no Concurso Internacional de Execução Musical, em Genebra. Um feito que o Diário de Notícias não deixou escapar e a que dedicou até honrarias de primeira página..Contava o DN naquela segunda-feira: "Selecionada para a final com mais três concorrentes (num conjunto de 32 intérpretes), Ana Bela Chaves foi classificada em primeiro lugar por decisão unânime do júri"..A intérprete portuguesa, cujo nome é, por vezes, também escrito com a grafia Anabela, tinha apenas 25 anos e fizera os estudos deste instrumento da família do violino no Conservatório Nacional de Lisboa. Aqui tivera por professor François Broos, que nesse dia não hesitou em salientar a relevância do que conquistara.."Este é um concurso muito importante, em que tomam parte os maiores intérpretes de todo o mundo. Por isso, este prémio é uma honra para Portugal", disse ao DN..Ao longo da sua subsequente carreira, Ana Bela Chaves tornou-se uma das mais consagradas violetistas, sendo atualmente primeira violeta solista nas Orquestras Filarmónica e Gulbenkian de Lisboa, primeira solista da Orquestra de Paris, desde 1980, e primeira violeta da Orquestra dos Solistas Europeus do Luxemburgo, desde 2013..Quase 20 anos depois deste prémio noticiado pelo DN, em março de 1997, Ana Bela Chaves recebia das do Presidente da República, Jorge Sampaio, a condecoração de Grande Oficial da Ordem do Infante D. Henrique.