1953. A coroação de Isabel II: "Cerimónia impressionante"

A 3 de junho de 1953 o DN contava a cerimónia de coroação da atual monarca britânica, que sucedia ao pai.
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Isabel II subiu ao trono a 2 de junho de 1953 e o Diário de Notícias contava tudo sobre a cerimónia na edição de dia 3 de junho. Uma descrição pormenorizada feita numa "crónica telefónica" do correspondente em Londres.

Sem poupar nos adjetivos, o correspondente do DN usa as palavras de Winston Churchill, então primeiro-ministro, para descrever o momento da coroação da ainda monarca britânica. "Um dia que os mais velhos se orgulham de ter podido viver e que os novos recordarão por toda a vida."

Não são esquecidos os milhares de pessoas que aguardaram durante a noite nas ruas de Londres, próximo da Abadia de Westminster, para assistir à cerimónia e o facto de terem necessitado de fazer fogueiras na rua. Ao todo, mais de sete mil pessoas assistiram nas ruas à cerimónia.

De Portugal, esteve presente o ministro dos Negócios Estrangeiros de então, Paulo Cunha, que entregou uma "formosa" taça de Vermeil, descrita como "uma obra-prima dum dos melhores cinzéis ingleses do século XVIII", um presente do chefe de Estado português, o general Craveiro Lopes.

Sobre a nova rainha, o correspondente do DN deixou claro que esta causou impacto. "Brilha na cabeça de Isabel II a coroa imperial, maravilhosa. Dos seus ombros cai o enorme manto púrpura, com 20 metros de cumprimento, bordado a ouro e debruado de arminho, que importou em milhares de libras e levou meses de trabalho, e que ela não usara apenas hoje. As suas damas de honor - quatro loiras e duas morenas, todas elas mais altas do que a rainha - têm grande dificuldade em pegar nas extremidades do manto. Na mão direita Isabel II leva o cetro real, Na esquerda, o globo."

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