A incerteza nas taxas alfandegárias só é apontada por 5,1% das empresas
FOTO: Paulo Spranger / Global Imagens

Um terço das empresas aponta os atrasos de pagamento entre as maiores dificuldades

Estudo indica que quase metade do tecido empresarial recorre ao crédito comercial junto dos fornecedores para cobrir necessidades de liquidez adicional.
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Os atrasos nos pagamentos são uma das principais dificuldades apontadas pelas empresas portuguesas. De acordo com o mais recente Estudo sobre Gestão do Risco de Crédito em Portugal, promovido pela Crédito y Caución e pela Iberinform, esta é a quarta maior preocupação dos empresários, apontada por 34% dos inquiridos.

No topo da tabela surgem as margens comerciais, referidas por 37% dos inquiridos, como a principal dificuldade da empresa nas suas operações diárias. Segue-se o ambiente económico geral, que preocupa 36% dos inquiridos, e a carga burocrática e regulamentar, indicada por 35% das empresas.

A fechar o top 5 surge o custo da mão-de-obra, referido por 30% das empresas. Destaque, ainda, para as dificuldades na captação de novos clientes (28% das respostas), aumento da concorrência (26%), acesso ao financiamento (17%), custos de produção (17%) e complicações legais (9,3%).

No final da tabela surge a adaptação tecnológica à Inteligência Artificial, que preocupa 6,9% das empresas, a incerteza nas taxas alfandegárias, com 5,1% das respostas, e a adaptação à faturação eletrónica, apontada por 1,4% dos empresários.

Questionadas sobre as opções a que recorrem quando precisam de liquidez, quase metade das empresas (49%) dizem expandir o crédito comercial junto dos seus fornecedores - leia-se, atrasam os pagamentos -, e 48% dizem recorrer ao crédito financeiro. Já 29% restringem o crédito comercial aos seus clientes e só 13% recorrem a aumentos de capital.

Neste estudo participaram cerca de 300 empresas, representativas do tecido empresarial nacional, designadamente em termos de setores auscultados.

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