As fontes renováveis garantiram 71,4% da eletricidade produzida em Portugal continental em julho, mês em que a eólica e a solar representaram quase metade do ‘mix’ nacional, revelou esta quarta-feira, 13 de agosto, a Associação Portuguesa de Energias Renováveis (APREN).De acordo com o boletim mensal da APREN, a produção total de eletricidade foi de 3.935 gigawatts-hora (GWh), mais 31,5% do que em igual mês de 2024, destacando-se o acréscimo de 225 GWh na geração eólica. No mix de produção, a eólica representou 25,2% e a solar 20,4%, enquanto a hídrica contribuiu com 20,2% e a bioenergia 5,7%.Portugal foi o país europeu analisado com maior percentagem de produção eólica no mês, com 25,7%, à frente da Dinamarca (22,7%) e da Alemanha (18,2%). O armazenamento de água nas barragens subiu 8,8% face a julho do ano passado, para 80%.O preço médio da eletricidade no Mercado Ibérico de Eletricidade (MIBEL) foi de 63,4 euros por megawatt-hora (MWh), tendo-se registado, entre janeiro e julho, 1.212 horas não consecutivas em que a geração renovável supriu totalmente o consumo elétrico no continente.No mesmo período, a produção em regime especial permitiu uma poupança acumulada de cerca de 4.984 milhões de euros no mercado grossista, equivalente a 164,4 euros/MWh.No acumulado de janeiro a julho, a incorporação renovável na geração elétrica atingiu 79,6%, colocando Portugal na quarta posição do ‘ranking’ europeu, atrás da Noruega, Dinamarca e Áustria.Para o presidente executivo da APREN, Pedro Amaral Jorge, “os resultados de julho reforçam o papel determinante das renováveis na transição energética de Portugal, garantindo benefícios ambientais, económicos e estratégicos”.No entanto, o responsável alerta que “para consolidar esta trajetória, é imprescindível investir no reforço das redes, em soluções de armazenamento e em mecanismos que aumentem a flexibilidade do sistema elétrico”..CEO do grupo EDP diz que EUA precisam de energias renováveis apesar da vontade de Trump em desinvestir no setor.Renováveis dizem que proposta de alteração do IMI “é anti-investimento”