Proposta da ANA para novo aeroporto exclui "encargos diretos para os contribuintes"
O Governo diz que o relatório inicial sobre as obras de construção do novo aeroporto de Lisboa, entregue ontem numa cerimónia pública pela ANA-Aeroportos, não vai ter custos diretos para os contribuintes.
Num esclarecimento enviado às redações, o ministério das Infraestruturas e Habitação diz que após "uma análise preliminar do relatório", "mantém-se a intenção do Governo de não onerar diretamente o Orçamento do Estado com a construção do aeroporto". Além disso, acrescenta, "o relatório da ANA apresenta um cenário em que não há encargos diretos para os contribuintes, redobrando assim a convicção inicial do Executivo".
O gabinete do ministro Miguel Pinto Luz diz ainda que "o Governo está a executar o projeto conforme os prazos definidos".
Ontem, o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, que também marcou presença na entrega do relatório, disse esperar que “os encargos para Orçamento do Estado sejam o mais limitados possível, se possível até sem qualquer impacto para os contribuintes”.
O Governo aprovou, em maio, a construção do novo aeroporto da região de Lisboa no Campo de Tiro de Alcochete, seguindo a recomendação da Comissão Técnica Independente.
O Executivo estima que o custo da nova infraestrutura aeroportuária fique entre oito a nove mil milhões de euros, num prazo de 10 anos.