A Mango, marca de vestuário espanhola, fechou 2024 com vendas de 3.339 milhões de euros, mais 7,6% do que no ano anterior, e resultados líquidos de 219 milhões, um crescimento de 27%. O ano que ficou marcado pela morte trágica do fundador da marca, Isaak Andic, fica assinalado também como o de maior investimento de sempre: foram 219 milhões de euros que permitiram a abertura de mais de 260 lojas em todo o mundo, "uma por cada dia útil de trabalho", assinalou o diretor de Expansão e Franquias da Mango.Daniel López falava na sessão de apresentação de contas que decorreu esta manhã na sede da Mango, em Palau-solità i Plegamans, município nos arredores de Barcelona. Uma sessão que arrancou com o CEO da empresa, Toni Ruiz, a assinalar tratar-se de um dia "muito emocionante" e a agradecer aos 16.400 trabalhadores da Mango em todo o mundo pelo seu contributo para o que classificou de "resultados extraordinários, que atestam a "robustez do negócio e o sucesso da marca".Renovar lojas e complementar oferta em PortugalPresente em Portugal desde 1992, a Mango conta com uma rede de 50 lojas no país, das quais 31 próprias e as restantes frachisadas. Questionado sobre a aposta no mercado nacional, Daniel López assume que, "mais do que aumentar o número de pontos de venda, o nosso objetivo é aumentar a perceção e a notoriedade da marca, reforçando as lojas como centros privilegiados de contacto entre a marca e o cliente". Este responsável recorda que foi a partir de Portugal que a marca iniciou a sua expansão internacional, sendo hoje o oitavo mercado da Mango. Uma lista liderada por Espanha e seguida de França, Turquia, Alemanha, Estados Unidos, Itália e Reino Unido. A aposta em terras lusas passa por renovar o parque de lojas e complementar a oferta disponível.Sobre os investimentos para 2025, a empresa não os detalha, mas a diretora financeira assume que serão superiores ao valor histórico alcançado em 2024, e que serão suportados por meios próprios. Questionada sobre os dividendos a distribuir, Margarita Salvans assume que "oportunamente serão comunicados". A entrada em Bolsa não está nos planos imediatos, garante.O plano estratégico da Mango, estabelecido para o triénio 2024-2026, estabelece o objetivo de atingir vendas de quatro mil milhões de euros, com a abertura de 500 novas lojas. Mais de metade foram já inauguradas o ano passado, elevando para 2.850 o número total de pontos de venda da empresa em 120 países do mundo. Uma expansão que permitiu criar 900 novos postos de trabalho.O negócio internacional da Mango assegurou, no ano passado, 78% da receita total da empresa. As lojas asseguraram quase 2.200 milhões de euros de faturação, com o canal online a faturar cerca de 1.100 milhões de euros.Sobre a aposta nos EUA, atendendo à ameaça de imposição de tarifas aduaneiras aos produtos europeus, a diretora financeira da Mango assume que este é um "mercado estratégico", mas que a marca, estando em 120 países distintos, está sempre atenta e tem capacidade de adaptação às circunstâncias dos diversos mercados. O CEO Toni Ruiz despediu-se dos jornalistas garantindo: "Estamos no melhor momento da história e estamos a fazer o necessário para levar a Mango a uma nova etapa de crescimento. O projeto da Mango pulsa com mais força do que nunca. Estamos convencido de que as páginas mais brilhantes da nossa história estão por escrever".*A jornalista viajou a convite da Mango