As insolvências na indústria têxtil e da moda caíram 48% no primeiro trimestre
As insolvências na indústria têxtil e da moda caíram 48% no primeiro trimestreArtur Machado / Global Imagens

Insolvências desceram 7% no primeiro trimestre, criação de novas empresas caiu 1,9%

Barómetro da Informa D&B mostra que a descida é transversal a todos os setores, mas há exceções. A criação de novas construtoras cresce há 5 anos, as insolvências na agricultura triplicaram
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Foram criadas, em Portugal, no primeiro trimestre do ano, 14.909 empresas, menos 287 do que no período homólogo, o que corresponde a uma descida de 1,9%. Os processos de insolvência e os estão também a cair, com uma redução homóloga de 7% e de 34,9%, respetivamente.

Em termos de novas empresas, a descida é transversal à maioria dos setores, indica o barómetro Informa D&B, mas com um peso "muito significativo" nos Transportes, que registam uma quebra de 25%, correspondente a menos 346 constituições. Merece especial ênfase o subsetor das Atividades de Serviços de Transportes de Passageiros, a pedido, em veículo com condutor, em que a criação de novas empresas caiu 46%, o que representa menos 490 constituições do que há um ano.

Em termos relativos, destaque para a quebra de 31% nas novas constituições de empresas Energia e Ambiente, de 10% nas de Tecnologias da Informação e Comunicação, de 8,2% em Serviços Gerais e de 6,6% no Retalho.

Com crescimento na dinâmica de criação de novas empresas são quatro os setores, com a Informa D&B a salientar a Construção como sendo aquele que "mostra maior consistência", aumentando o número de novas empresas pelo quinto ano consecutivo: foram constituídas 1964 novas construtoras no primeiro trimestre, um aumento de 5,6% face a 2024.

Na Agricultura e outros recursos naturais o crescimento foi de 8,6% para 582 novas empresas, nas indústrias houve 627 novas fábricas, representando um aumento de 8,5%. Destaque, ainda, para as Atividades Imobiliárias que registam o aumento percentual mais expressivo entre todos os setores: foram criadas 1742 empresas, mais 23% do que em 2024.

Há também menos encerramentos e menos processos de insolvência. No total, fecharam nos primeiros três meses do ano 2357 empresas, quase menos 1300 do que no período homólogo. É uma quebra de 34,9%, e que abrange todos os setores de atividade sem exceção.

Quanto à insolvências, foram 506, menos 7,2% do que no período homólogo, uma tendência que não é transversal. O setor das Indústrias regista a maior descida, com menos 59 insolvência e -35% do que há um ano, com especial destaque para a Indústria de Têxtil e Moda, que inclui o calçado, e que regista menos 48% de insolvências, correspondentes a menos 51 processos.

Em sentido contrário, os processos de insolvência no setor agrícola e outros recursos naturais, que mais do que triplicaram, envolvendo 16 empresas. Nos transportes o aumento foi de 37,5%, para 33 empresas insolventes, mas o maior ênfase vai para os Serviços empresariais, que registaram um aumento de 70% nas insolvências, correspondente a mais 21 processos, e, em especial, para o subsetor dos serviços de apoio às empresas, com um crescimento de 83% nas insolvências.

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