Jorge Rebelo de Almeida, fundador, acionista e presidente do Grupo VIla Galé
Jorge Rebelo de Almeida, fundador, acionista e presidente do Grupo VIla GaléFOTO: Gerardo Santos / Global Imagens

Grupo Vila Galé está "recetivo" a avaliar consórcio para compra da TAP

Jorge Rebelo de Almeida diz que aviação não é "especialidade" do grupo, mas está "recetivo a analisar oportunidades". Privatização da TAP está a aberta a consórcios com investidores de outras áreas.
Publicado a
Atualizado a

O presidente do Grupo Vila Galé, Jorge Rebelo de Almeida, entende que a privatização da TAP é "irreversível" e que o próximo passo deve ser a resolução dos problemas no acolhimento de estrangeiros no Aeroporto de Lisboa.

"A privatização da TAP - goste-se ou não - tornou-se irreversível e bom é que, por esse motivo, se concretize e termine a novela. Importante agora é melhorar o serviço de estrangeiros no aeroporto com rigor, eficácia e simpatia", disse Jorge Rebelo de Almeida ao DN.

Acrescentou que são necessárias "soluções intercalares" para o aeroporto de Lisboa, dada a sua importância para o turismo, enquanto se aguarda a construção da nova infraestrutura.

Questionado se o grupo hoteleiro estaria interessado em integrar um consórcio para concorrer à privatização da TAP, o empresário começou por dizer que o negócio da aviação não é o core business do grupo Vila Galé, mas demonstrou abertura para avaliar essa possibilidade.

"À partida não é a nossa especialidade, mas estamos sempre recetivos a analisar oportunidades", disse Jorge Rebelo de Almeida, notando que ainda não recebeu qualquer contacto nesse sentido.

O processo de privatização da TAP que foi lançado pelo Governo difere em vários pontos da anterior tentativa de venda da companhia aérea. Uma dessas diferenças reside no facto de serem admitidos consórcios que incluam empresas de outros sectores, na condição de existir um parceiro do sector da aviação que tenha conhecimento do negócio e apresente receitas de pelo menos cinco mil milhões de euros por ano.

Em abril, numa entrevista ao Público, o gestor Carlos Tavares, CEO do grupo automóvel Stellantis, propôs a formação de um consórcio nacional para a compra da TAP.

Em 2024, o grupo Vila Galé viu as suas receitas crescerem 9% para 290 milhões de euros, dos quais 172 milhões em Portugal, 110 milhões no Brasil e 6,6 milhões em Espanha. O resultado líquido foi superior a cem milhões de euros.

Jorge Rebelo de Almeida, fundador, acionista e presidente do Grupo VIla Galé
Governo insiste que TAP precisa de um “grande parceiro” como acionista
Jorge Rebelo de Almeida, fundador, acionista e presidente do Grupo VIla Galé
Governo aprova caderno de encargos da privatização da TAP. Só aceita operadores com mais de 5000M€ de receitas

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt