Filigrana de Portugal é candidata a Património da Humanidade
Os municípios de Gondomar e da Póvoa de Lanhoso anunciaram a formalização da candidatura da Filigrana de Portugal à Lista Representativa do Património Cultural Imaterial da Humanidade da UNESCO.
Assumindo-se como "únicos centros de produção da filigrana em Portugal", Gondomar e Póvoa de Lanhoso dão nota que a candidatura pretende "salvaguardar e valorizar esta arte milenar de ourivesaria, que transforma finos fios de ouro e prata em peças de rendilhado de extraordinária beleza e complexidade, sendo hoje símbolo da excelência artesanal portuguesa".
Mais, a filigrana, que é transmitida de geração em geração, "constitui um legado vivo, mantido por mestres artesãos cuja dedicação continua a enriquecer o património cultural nacional", argumentam, em comunicado.
A candidatura conjunta resulta de um trabalho de cooperação institucional que foi iniciado, em 2016, com a assinatura de um protocolo entre os dois municípios e que conduziu à certificação oficial desta técnica, em 2018, e à sua inclusão, em 2023, no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial.
“A submissão da candidatura da Filigrana de Portugal à UNESCO constitui um compromisso com a salvaguarda e valorização de um legado cultural de excecional importância. É igualmente o reconhecimento do trabalho e do saber acumulado de gerações de mestres filigraneiros, cuja dedicação e excelência merecem ser preservadas, promovidas e transmitidas às futuras gerações”, sustentam, no comunicado, as duas autarquias, presididas por Luís Filipe Araújo e por Frederico Castro.