Os empréstimos para habitação apresentaram em junho uma taxa de variação anual positiva pela primeira vez desde o mesmo mês do ano passado. “O stock de empréstimos para habitação totalizava 99,7 mil milhões de euros, mais 0,3 mil milhões de euros do que em maio”, aponta o Banco de Portugal (BdP) numa análise divulgada divulgada esta quinta-feira, em que acrescenta que estes empréstimos subiram, em termos anuais, 0,3%. “Trata-se da primeira variação positiva desde junho de 2023”, explica o banco central..Já nos empréstimos ao consumo, o montante aumentou 6,3% face a junho de 2023, para 21 709 milhões de euros, um valor equivalente ao registado no mês anterior..Olhando para o total de empréstimos a particulares, os números do Banco e Portugal apontam para um crescimento anual de 1031 milhões de euros, para um 129 288 milhões, o que corresponde a uma taxa de variação anual de 1,3%..Quanto ao stock de crédito a empresas, no final de junho, o montante total era de 72 762 milhões de euros, mais 437 milhões do que em maio, mas menos 0,5% do que há um ano..Por dimensão, as microempresas mantiveram uma taxa de variação anual positiva de 5,3%. Depois de um ano e meio no negativo, a taxa de variação anual entre as grandes empresas foi positiva pela primeira vez no mês passado, ao atingir 0,7%. Já as pequenas (-3,6%) e as médias (-6,0%) empresas continuaram a observar taxas negativas..Os setores das indústrias e eletricidade (-2,9%) e comércio, transportes e alojamento (-2,4%) apresentaram em junho variações anuais negativas. Em sentido inverso, o setor da construção e atividades imobiliárias apresentou uma taxa de variação anual positiva de 3%..Depósitos de particulares em valor recorde.Os dados do Banco de Portugal indicam ainda que o total de depósitos de particulares cresceu 6,7% em junho, para 186 698 milhões de euros, o montante mais elevado desde o início da série estatística, em 1979. “No final de junho de 2024, o stock de depósitos de particulares nos bancos residentes totalizava 186,7 mil milhões de euros, mais 2,4 mil milhões de euros do que em maio de 2024”. A subida de 6,7% representa a maior taxa de variação anual desde outubro de 2022..De acordo com o banco central, este crescimento em cadeia está associado a um aumento das responsabilidades à vista (valores depositados em contas à ordem, sem remuneração), que subiram cerca de 2347 milhões de euros face a maio, mas caíram 2,4% em relação a junho do ano passado..Entre as empresas, o total depositado nos bancos residentes no final de junho era de 65 757 milhões de euros, uma subida em termos homólogos de 2,5% e de 75 milhões de euros face a maio.