Economia Prateada. Quase metade ainda consegue poupar dinheiro todos os meses

Economia Prateada. Quase metade ainda consegue poupar dinheiro todos os meses

Entre a população portuguesa acima dos 55 anos, 49% conseguem poupara dinheiro mensalmente. Quase três em cada quatro são proprietários de habitação, de acordo com um estudo desenvolvido pela Mapfre.
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Entre a população portuguesa acima dos 55 anos, perto de metade (49%) consegue poupar dinheiro de mês para mês. São ainda mais os proprietários de uma casa que já não têm hipoteca para pagar.

Os dados constam do II Barómetro do Consumidor Sénior em Portugal, realizado pelo Centro de investigação Ageingnomics da Fundación Mapfre. O estudo incide sobre a Economia Prateada, que envolve as gerações a partir dos 55 anos.

A população portuguesa com 55 anos ou acima é 38% da população total, com 4,1 milhões de pessoas. Ora, o estudo permite concluir que 51% deram uma ajuda financeira a um amigo ou familiar nos últimos 12 meses. Ao mesmo tempo, 73% são proprietários de uma casa e 57% já não têm hipoteca por pagar.

Os gastos mais avultados, nas faixas etárias em estudo, centram-se na alimentação (mencionada por 87% dos inquiridos) e habitação (82%).

Em simultâneo, cerca de 73% alegam que a sociedade atribui "pouco ou nenhum valor" à geração de que fazem parte, ao passo que 52% dizem que a sua experiência não é fator de valorização no mercado de trabalho.

No que diz respeito ao futuro do sistema de pensões, são 47% os que acreditam que está em risco. Ainda assim, somente 17% indicam ter um plano de pensões privado.

Turismo está nos planos da maioria

Entre os inquiridos, mais de dois terços (69%) disseram querer viajar em lazer no próximo ano, sendo que a maioria (58%) prefere fazê-lo em Portugal.

Em causa estão, potencialmente, 2,3 milhões de pessoas a fazer turismo interno, a julgar pelas respostas recolhidas.

De acordo com o CEO da Mapfre Portugal, Luís Anula, os resultados do barómetro comprovam um "claro desfasamento entre a significativa contribuição económica da população sénior e a sua perceção de valor social", salienta.

Na realização do estudo, foram inquiridas 1123 pessoas com 55 ou mais anos, residentes em Portugal. A margem de erro é de ±2,9% para um nível de confiança de 95,5%.

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