Custo para construir uma casa nova apresentou uma crescimento médio de 3,9% no ano passado.
Custo para construir uma casa nova apresentou uma crescimento médio de 3,9% no ano passado.Rui Oliveira/Global Imagens

Custo do trabalho aumentou 8,2% no ano passado

Índice do Custo de Trabalho aponta para aumento de 8,2% nos custos salariais e 8,1% nos outros custos em 2024.
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O Índice do Custo de Trabalho (ICT), que mede os custos do trabalho por hora efetivamente trabalhada, aumentou 8,2% em 2024 face ao ano anterior, acelerando face aos 5,4% de 2023, anunciou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).

“Em 2024, o ICT aumentou 8,2% (tinha aumentado 5,4% em 2023), a que corresponderam acréscimos de 8,2% nos custos salariais (5,1% em 2023) e 8,1% nos outros custos (6,6% em 2023)”, refere o Instituto Nacional de INE em comunicado.

Já o custo médio por trabalhador aumentou 6,4% em 2024 (7,2% em 2023) e o número de horas efetivamente trabalhadas por trabalhador diminuiu 1,6% (aumentou 1,8% em 2023).

O custo do trabalho registou um acréscimo de 8,1% no setor privado da economia (5,0% em 2023) e um aumento de 8,3% (6,1% em 2023) nas atividades que incluem maioritariamente (mas não exclusivamente) atividades na esfera do setor público.

Por setor de atividade económica, o ICT subiu 9,2% na indústria, 8,9% na construção e 7,5% nos serviços, contra 5,1%, 5,2% e 4,9%, respetivamente, em 2023.

Considerando apenas o último trimestre de 2024, o ICT aumentou 9,6% face ao quarto trimestre de 2023, acelerando face à subida homóloga de 8,7% registada no trimestre anterior.

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Os custos salariais (por hora efetivamente trabalhada) aumentaram 9,6% (8,7% no trimestre anterior) e os outros custos do trabalho (também por hora efetivamente trabalhada) aumentaram 9,5% (8,6% no trimestre anterior).

Segundo o INE, a evolução homóloga do ICT resultou também da conjugação do acréscimo de 6,0% no custo médio por trabalhador e do decréscimo de 3,3% no número de horas efetivamente trabalhadas por trabalhador.

O acréscimo do custo médio por trabalhador foi transversal a todas as atividades económicas, tendo os aumentos sido maiores na Administração Pública (6,9%) e menores nos serviços (5,1%).

Com exceção da Administração Pública, em que o aumento foi superior, as restantes atividades apresentaram acréscimos menores do que os registados no trimestre anterior.

As horas efetivamente trabalhadas por trabalhador diminuíram em todas as atividades económicas, à semelhança do trimestre anterior, tendo o maior decréscimo acontecido na construção (6,0%) e o menor na Administração Pública (2,5%).

Em resultado destas variações, o ICT aumentou em todas as atividades económicas, tendo o maior acréscimo sido observado na construção (13,4%).

No quarto trimestre de 2024, os custos salariais aumentaram 13,4% na construção, 10,0% na indústria, 9,6% na Administração Pública e 9,0% nos serviços.

Comparativamente ao trimestre anterior, o acréscimo observado neste trimestre foi maior na construção (8,6% no trimestre anterior), nos serviços (7,5%) e na Administração Pública (9,2%) e menor na indústria (10,7%).

Já os custos não salariais registaram aumentos de 13,4% na construção, 9,9% na indústria, 9,5% na Administração Pública e 8,9% nos serviços.

Em relação ao trimestre anterior, à semelhança dos custos salariais, registou-se um aumento maior na construção (8,5% no trimestre anterior), nos serviços (7,3%) e na Administração Pública (9,0%) e menor na indústria (10,8%).

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