Foto:  JUAN MABROMATA/AFP
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Consumo de produtos nacionais cresce, mas preços e disponibilidade travam expansão

Estudo da ConsumerChoice mostra que mais de 92% dos inquiridos afirmam consumir frequentemente artigos portugueses, contudo 63% optam por produtos de outras origens devido ao preço elevado.
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Um estudo da ConsumerChoice sobre a perceção dos consumidores portugueses relativamente a produtos nacionais revela uma forte preferência pelo “Made in Portugal”, mas aponta obstáculos que limitam o seu crescimento económico.

Dos 851 inquiridos, mais de 92% afirmam consumir frequentemente artigos portugueses e 46% consideram muito importante que as compras sejam de origem nacional.

A perceção de qualidade é elevada: mais de 95% dos participantes consideram os produtos portugueses de boa qualidade e 77% entendem que são mais sustentáveis do que os importados. A maioria associa ainda a origem nacional a confiança, excelência e impacto positivo na economia — fatores que consolidam uma ligação emocional e racional às marcas locais.

Setores com maior penetração são Alimentação e Bebidas (87% dos consumidores), seguidos de Vestuário e Calçado (51%) e Mobiliário e Decoração (45%). Áreas como Higiene e Cosmética (28%) e Tecnologia e Eletrónica (14%) mostram adesão mais fraca, o que pode refletir menor oferta doméstica ou fraco reconhecimento de marcas.

Do ponto de vista das motivações, a qualidade lidera (69%), seguida de confiança nas marcas e apoio à economia local (58% cada). Identidade nacional e preço competitivo surgem também como fatores relevantes.

Porém, o principal entrave identificado é o preço: 63% apontam o custo mais elevado como razão para não comprarem produtos nacionais. Outros obstáculos económicos e de mercado incluem menor variedade e disponibilidade no ponto de venda (29%), desconhecimento de marcas (25%) e design menos apelativo (8%).

Os consumidores indicam medidas que poderiam aumentar o consumo de produtos nacionais, com destaque para a redução de preços (64%), seguida de melhor comunicação da origem portuguesa (43%) e aumento da variedade (42%). Melhorar a disponibilidade nos pontos de venda (40%) e reforçar publicidade e promoção (36%) são também sugeridas como intervenções prioritárias pelas empresas.

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