Tiago Oliveira, secretário-geral da CGTP.
Tiago Oliveira, secretário-geral da CGTP.Foto: Reinaldo Rodrigues

CGTP acusa Governo de “assalto aos direitos laborais” e não exclui greve geral

O secretário-geral da central sindical garante que, se o executivo avançar com propostas que limitem o direito à greve, não exclui convocar protestos de grande dimensão.
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A CGTP acusou o Governo de estar a preparar “um assalto aos direitos laborais” e avisou que, se o executivo avançar com propostas que limitem o direito à greve, não exclui convocar protestos de grande dimensão, incluindo greve geral.

A posição foi transmitida pelo secretário-geral da central sindical, Tiago Oliveira, em conferência de imprensa no final da reunião da Comissão Executiva do Conselho Nacional, em Lisboa, onde foi feito um balanço do momento político-sindical e das medidas do Governo para a área laboral.

“O Governo tem em marcha um ataque articulado, um verdadeiro pacote de agressões aos direitos dos trabalhadores. Não se trata apenas de uma ou outra medida pontual. É um plano para reduzir o poder de compra dos salários, precarizar os vínculos, desregular horários e degradar ainda mais as condições de trabalho e de vida no nosso país”, afirmou o dirigente.

A CGTP critica de forma particular a intenção do Governo de Luís Montenegro “revisitar a legislação laboral”, nomeadamente a lei da greve, para consagrar o que chamou de “serviços mínimos proporcionais”.

“Utilizando o argumento velho, estafado e falacioso da ‘rigidez da legislação laboral’, o Governo tem em marcha um assalto aos direitos laborais com um novo pacote de agressão aos direitos dos trabalhadores”, disse Tiago Oliveira.

Para a central sindical, trata-se de um movimento político com objetivos claros: “Aquilo que o Governo pretende é que as greves não tenham o impacto e a dimensão necessária e suficiente para derrotar as políticas que estão em curso. Isso em momento algum iremos permitir”, assegurou.

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