Banco de Portugal diz que cumpre todas as normas no processo de compra da nova sede
D,R.

Banco de Portugal diz que cumpre todas as normas no processo de compra da nova sede

 O Banco de Portugal garante que cumpre todas as normas e regulamentos no processo de compra da nova sede, em Lisboa, e que isso mesmo foi assegurado no contrato feito com a Fidelidade.
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"O Banco de Portugal deu, por ocasião da celebração do contrato promessa de compra e venda, e continuará a dar até à celebração do respetivo contrato definitivo, pleno cumprimento aos normativos legais e regulamentares aplicáveis", disse fonte oficial do Banco de Portugal à Lusa.

Em maio, o Banco de Portugal anunciou que assinou contrato com a Fidelidade para adquirir um edifício nos terrenos da antiga Feira Popular, em Entrecampos (Lisboa), para futuras instalações da instituição, pelo valor de 191,99 milhões de euros, e que a concretização final da transação deverá acontecer no final de 2027.

O jornal 'online' Observador noticiou esta segunda-feira que o valor da futura sede do Banco de Portugal será superior aos 192 milhões de euros pois o valor refere-se apenas as obras estruturais, estimando o jornal que o custo total possa subir para 235 milhões de euros.

Escreveu ainda que há alertas de consultores do Banco de Portugal em relação à nova sede, incluindo sobre licenciamentos e eventual necessidade de avaliação de impacte ambiental na construção do parque de estacionamento.

Em resposta a questões da Lusa, o Banco de Portugal não indicou o preço total estimado para a nova sede, referindo apenas que "o preço de aquisição do edifício seguiu a avaliação pericial independente mais baixa, entre as solicitadas pelo Banco de Portugal".

Quanto aos alertas feitos por técnicos, disse o banco central que em todo o processo "foram adotados procedimentos e diligências de cariz técnico conforme as melhores práticas nacionais e internacionais, de rigoroso controlo da legalidade, configuração financeira e patrimonial da operação".

Afirmou ainda o banco central que cabe aos promotores do edifício o "cumprimento das normas legais e regulamentares em vigor relativamente à operação e construção dos edifícios projetados" e que só após verificado isso mesmo será assinado o contrato definitivo.

"A construção dos edifícios e a subsequente celebração do contrato definitivo de compra e venda estão dependentes da emissão das necessárias autorizações administrativas, nomeadamente das licenças de construção a emitir pela Câmara Municipal de Lisboa, que deverão ocorrer no seu devido momento. O cumprimento, pelas vendedoras, dos termos e condições emergentes do procedimento de hasta pública foi acautelado nos termos do contrato promessa de compra e venda firmado entre o Banco de Portugal e as vendedoras", lê-se na resposta da instituição liderada por Mário Centeno à Lusa.

Também o cumprimento das regras ambientais e urbanísticas cabe ao promotor, vincou o Banco de Portugal.

O mandato de Mário Centeno enquanto governador do BdP terminou este domingo sem que o Governo tivesse indicado sucessor.

Centeno (ex-ministro de Governos PS de António Costa) já se mostrou disponível para continuar mais um mandato à frente do banco central, mas os diferendos que tem tido com o Governo faz com que tal venha sendo considerado pouco provável.

Contudo, este domingo, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, disse à RTP que Centeno "reúne todos os requisitos" para se manter no cargo. O governante disse que a decisão será tomada na próxima quinta-feira.

Em 2020, a nomeação de Centeno como governador foi muito polémica pois tinha deixado o cargo de ministro das Finanças pouco mais de um mês antes.

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